sobre você!

Te desconheci. Aos poucos foram sumindo os traços dos seus olhos, depois o gosto da sua boca, o cheiro do seu corpo. Quando te reencontrei descobri que tudo estava ali, quieto, como que imbernando. Tudo bem, algo em você havia mudado, muita coisa havia mudado, até mesmo eu. Mas preciso lhe dizer que quando você se foi da primeira vez eu quase não sobrevivi, a vida ficou por um fio, e eis que eu senti o que era vertigem. Nos encontramos novamente. Você ainda estranha, eu querendo salvar você e o mundo. Acabei por ir morrendo...Agora outra vez você se foi, dizendo adeus a mim. Meu corpo se torceu, contorceu, retorceu e eu definhei... Não sei como sobrevivi, mas aqui estou eu. Agora eu coloquei outros objetivos para mim, quero construir, quero ver algo concreto, quero recuperar o garoto que sonhava dentro de mim.
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Palavras ao acaso

Eu queria entender meu coração. Eu queria entender o coração das pessoas também. Mas talvez esse seja um delírio que vai além de um horizonte que eu não posso chegar.
Meu amor sempre amanhece ontem. Amanhece ontem porque ele me remete ao passado-presente cheio de intensidade e linhas de fluxo que me cortam. Eu olho a foto dela, olho a foto delas, e percebo como fui divido ao meio como o visconde do Calvino. Seriam duas formas de amar? Talvez existam milhões de formas de amar...Reconheço em mim ao menos duas.
Vida incerta.
Tenho trabalhado bastante para construir algo concreto em minha vida; as metafísicas ja não bastam mais...Fluxos, intensidades, promessas, amores fugazes, amores breves...
Quando eu entrei tão fundo no buraco do coelho????
Escuta filho o que tem quem ama? Grande Fernando Pessoa... Não temos nada se não uma sensação de possuir o outro, pois para possui-lo seria necessário comê-lo, incorporá-lo, e então ele ja não seria mais outro.

Queria ouvir suas vozes! Queria sentir seus sorrisos pela manhã!
Eu sou o lado da noite que umedece primeiro. Eu sou a chuva do futuro que caiu ontem.
E dentro dos delírios se a sombra do sol é o que me custa mais caro.
Com amor...

A vida la fora anda mais intensa. Teria muitas coisas para escrever, mas não saberia como dize-las.
Uma frase vem à minha cabeça: Procura-se um amor. Mas então eu me remeto ao que seria o amor.
Minha vida estava triste, fui ao poço, beijei o fundo. Nào, eu não morri, eu sai vivo. Claro que não sem sentir a vertigem por um fio!!!!E esse fio quase arrebentou.
Análise, análise, análise. Quebras. Amizades tornaram-se obsoletas, eu as torneis obsoletas. Algumas outras se renovaram. A vida ja não é mais vista da janela traseira do carro, agora olho para frente e crio o momento ja, o it como diria clarice. E os encontros precisam terminar em festa e, não ando com tempo porque meu corpo esta em festa demais.
sem fim