Palavras ao acaso

Eu queria entender meu coração. Eu queria entender o coração das pessoas também. Mas talvez esse seja um delírio que vai além de um horizonte que eu não posso chegar.
Meu amor sempre amanhece ontem. Amanhece ontem porque ele me remete ao passado-presente cheio de intensidade e linhas de fluxo que me cortam. Eu olho a foto dela, olho a foto delas, e percebo como fui divido ao meio como o visconde do Calvino. Seriam duas formas de amar? Talvez existam milhões de formas de amar...Reconheço em mim ao menos duas.
Vida incerta.
Tenho trabalhado bastante para construir algo concreto em minha vida; as metafísicas ja não bastam mais...Fluxos, intensidades, promessas, amores fugazes, amores breves...
Quando eu entrei tão fundo no buraco do coelho????
Escuta filho o que tem quem ama? Grande Fernando Pessoa... Não temos nada se não uma sensação de possuir o outro, pois para possui-lo seria necessário comê-lo, incorporá-lo, e então ele ja não seria mais outro.

Queria ouvir suas vozes! Queria sentir seus sorrisos pela manhã!
Eu sou o lado da noite que umedece primeiro. Eu sou a chuva do futuro que caiu ontem.
E dentro dos delírios se a sombra do sol é o que me custa mais caro.
Com amor...