Thursday, February 22, 2007

O NADA QUE ME TORNEI VAI MUITO MAIS ALÉM.

Estou sentido a minha carne queimar. Minha descrença é tão grande que o seu fel a percorrer o meu corpo fragmenta todo um mundo que eu pensei que existia, e que agora talvez não exista mais. Estou tentando sobreviver, mas não sei se quero. Acho que morri e a morte é o que demais bonito pode acontecer em mim, pois talvez eu possa renascer para uma outra vida.

Não sou racional, nem ao menos um pouco, sigo a voz que grita dentro de mim; ela indica o caminho a seguir. Sigo, não penso em certo ou errado, apenas sigo como um cego, como Woody Allen em dirigindo no escuro. É uma voz sempre ao extremo, este que pode estar na trave, ou ser entrave, mas que na maioria das vezes vai além, muito além do limite e ao ultrapassá-lo fica fora de parâmetro, simplesmente extra-polado.

Eu amo, porque amar se aprende com uma vida e não se esquece da noite para o dia. Também perdôo, todo mundo é perdoável, afinal somos humanos, demasiado humanos. Duas ações que seguem em direção ao outro, que expressam o cuidado com o outro, contudo eu quero um momento para pensar em mim e da minha insanidade pode acontecer tudo, sou imprevisível.

Pensar em mim é o que de pior pode acontecer, sou meu próprio carrasco e geralmente sou auto-destrutivo. Eu ainda estou em um momento Nada, um momento sem querer saber, sem querer mexer na ferida, apenas deixando o barco seguir o mesmo rumo. Mas aqui dentro está queimando e se eu não suportar vou ser egoísta, porque pensar nos outros é o pior que me acontece, a faca sempre corta do ventre ao peito.

Não sou conquistador. Quem conquista domina, detém um território e eu nada tenho, nada conquistei. Sou mais um compartilhador, quero compartilhar. Eu tinha o sonho de compartilhar um mundo e para isso construí um barco-sonho. A cada dia remei com esse barco, algumas vezes contra a maré, mas dia após dia empreguei todas minhas forças em direção a ilha que pensei que conhecia, até que percebi que a ilha não está mais no mesmo lugar e todos os esforços pareciam em vão.

Infelizmente dentro desse barco o navegador é um Odisseu misturado a Jack Sparrow; ao mesmo tempo em que vai a direção de sua Penélope na ilha, não tem escrúpulos para garantir que sua vida esteja sendo cuidada por sua amada.

O mar sempre foi um dos grandes desafios de Odisseu, para seguir a sua viagem de volta à amada ele estava enfrentando seus medos, monstros e se preparando para o maior desafio Poseidon, mas para parte Jack estava sendo uma agradável viagem para um lindo tesouro.

Um herói e um anti-herói convivendo em um mesmo corpo, que descobrem que não somente Penélope cedeu as tentações, mas que também viu que sua vida não estava sendo cuidada. Como não sou nem Odisseu nem Jack Sparrow, e eles apenas vivem em mim, eu decido se vou navegar ou não, se após tantas batalhas vou enfrentar Poseidon ou não.

Os dois, como todos os milhões que vivem em mim, apenas querem que Penélope seja feliz, mesmo que tenham perdido a vontade de alcançar ilha e de compartilhar a vida.

Deixar os mares e vir a ser conquistador é muito mais fácil, porque essa identidade procura um território, o domina e explora tudo que puder, pelo tempo que quiser, e em seguida parte para outro, sempre com o mesmo objetivo, seduzir e destruir ao estilo magnólia. E em um mundo capitalista no qual a aparência virou essência, esse estilo de vida eu posso comprar para me proteger de qualquer fel que venha aplacar meu corpo.

Ai está o entrave, o limite. A configuração que poderá ser engendrada só depende dos universos subjetivos que atingirem o nada que eu me tornei.

Tuesday, February 20, 2007

QUem me dera ter um deus para dar o adeus que preciso dar.

Agora, quando eu partir, olharei nos olhos de cada um antes da minha despedida. Minha boca emitirá apenas a palavra tchau, seguida de um leve sorriso, mas por dentro meu corpo estará dando-lhes adeus. É chegada a hora de soltar totalmete as velas e seguir para outros portos. Eu gostaria de ter um deus para dar-lhes adeus, mas como não tenho meu corpo saldará com apenas um sorriso e um ciao.

Monday, February 19, 2007

Lembranças do carnaval

Sinto-me estranho. Ninguém por perto, tudo é silêncio. Minha cabeça gira também. Devem ser as memórias de uma mente com muitas lembranças. Como estamos em tempo de Carnaval, é a partir dele que as lembranças se instauram. Eu me lembro quando eu tinha 16 anos e o carnaval era uma data muito esperada. Eram anos incríveis, eu e meus amigos nos preparávamos para ir ao baile de carnaval; cinco noites e duas matines. A graça maior era beijar, beijar muito. No final de cada noite sentávamos todos drogados e fazíamos as contas para saber quantas meninas havíamos beijado; acho que era a verdadeira baba antropofágica.

As histórias de carnavais são tantas, mas a minha preferida é que compartilhei com um amigo em especial, o vulgo Nogueira. O Noguer´s como o chamamos carinhosamente, sempre foi o diferente da turma, enquanto o resto do grupo fazia um rodízio de beijos, ele sempre estava com uma namorada. Mas eis que em um carnaval, lá por volta de 1996, Nogueira havia terminado um namoro, e decidira cair na gandaia conosco. Todos ficamos surpresos.

Com cervejas, lança, baseados e cachaça, nos preparamos para o primeiro dia de festa. A prévia rolou tudo bem, ficamos um pouco mal, mas o Cesinha conseguiu dirigir até o clube numa boa. Logo chegamos e fomos festejar, e lá se iam as musiquinhas... “O seu cabelo não nega mulata...”. “Isso aqui virou tutti frutti...”. Depois de mais cervejas, Nogueira aparece com uma de nossas amigas de infância. A Tati que estudou conosco até o quarto ano do primário e depois sumiu por uns tempos; o noguer´s a encontrara no meio do salão. Não demorou muito para que tanto a Tati como no noguer´s, ambos bêbados e caindo pelos cantos, se beijassem; parecia uma corrida para saber quem ficava mais louco.

Passada a primeira noite, fizemos a reclamação ao Nogueira, e as mulheres que você ia beijar? Ele dissera que ficaria para a próxima noite. Na noite seguinte outra prévia, essa que começou por volta das 2 da tarde. Primeiro foram as cervejas, em seguida fizemos uma roda com um solvente de borracha. O circulo do solvente era para ver quem caia primeiro e que agüentaria mais. Circulo fechado, lá estávamos nós, na primeira volta todo mundo dava uma sugada no negócio, na segunda, duas e, assim por diante. Eu não lembro quando tudo terminou, minha memória voltou a registrar apenas algumas horas seguintes, quando com uma dor na cabeça tremenda levantei. Ouvindo a música leãozinho do Caetano, que se repetia de forma incessante no aparelho de som, fui ao banheiro e para a minha surpresa, lá estava desmaiado com a cabeça enfiada no vaso sanitário o Nogueira.

Passado algum tempo, consegui reanimá-lo para seguirmos em direção ao objetivo mor, o baile. Logo todo mundo começou a acordar do sono mítico e após algumas horas todos já estávamos prontos para outra noite.

Bom, para encurtar a história o Nogueira ficou com a Tati todas as noites, incluindo as duas matines. Não seria nada anormal para Noguer´s. Hoje Nogueira e Tati estão casados e, juntos têm uma filha muito linda, a Sara.

Essas são algumas lembranças boas que percorrem minha cabeça em tempos de carnaval

Saturday, February 10, 2007

Da série sou apaixonado

* * *
The way you look at me
The way you touch me
The fire in your eyes
(I swear) Makes me shiver inside
There's nothing I can do about it
'Cause nothing seems so true
When I'm beside you
And my dream
Of all thing is all in my hand
Naked, perfect, so beautiful
You turn me up and down
I was spinning round and round
You never get enough, baby you don't
You're a shining star

You're my soulmate, my summer and my faith
You fill me up with love
Your kisses are better than wine
There's nothing I want more than you, girl

Friday, February 9, 2007

Incosnciente e musiquinhas para lembrar àquele tempo!!!!!

O que é, enquanto é, não é, porque muda seu TOSCO.
* * *
Minha mão, nào é uma mão, é uma palada. Se me tiram do sério, é porque escolhem perder o sangue que escorre nas veias. Se isso for, é por loucura ou, por paixão.
* * *
Agora você vai inscrita sobre minha pele.
* * *
Jamais achei que alguém fosse me tirar o sono, a "tranquilidade", o meu ar e o meu amor. É o vulgo ditado: como tirar leite de pedra.
Essa pedra aqui parece uma vaca leitera.
**
I don't practice Santeria I ain't got no crystal ball
well I had a million dollars but I, I'd spend it all
if I could find that hina and that sancho that she's found
well I'd pop a cap in sancho and I'd slap her down
what I really wanna know..my baby
what I really wanna say I can't define
well it's love that I need oh,whoa
my soul will have to wait 'til I get back
find a hina of my own daddy's gonna love one and all
I feel the break feel the break feel the break
and I gotta live it up oh, yeah, huh well, I swear that I
what I really wanna know..how baby
what I really wanna say I can't define
that love make it go my soul will have to...
ooh what I really wanna say..I'm petty
what I really wanna say is I've got mine and I'll make it, yesI'm comin' up
tell sanchito that if he knows what is good for him
he'd best go run and hide daddy's got a new .45
and I won't think twice to stick that barrel straight downsancho's throat
believe me when I say that I got somthing for his punk ass
what I really wanna know..my baby oooh
what I really wanna say is there's just one
way back and I'll make it yeah, well, my soul will have to wait...

* * *

Every morning there's a halo hanging from the
corner of my girlfriend’s four post bed.
I know it's not mine but I'll see if I can use
it for the weekend
or a one night stand
Couldn't understand how to work it out.
Once again as predicted left my broken heart open
and you ripped it out something's got me reeling
stop me from believing
turn me around again
said that we can do it
you know I want to do it again
suga ray say
every morning
every morning when I wake up
Shut the door baby, don't say a word
she always rights the wrong
she always rights x2/ shut the door baby x2
every morning there's a heartache hanging from the
corner of my girlfriend's four post bed
I know it's not mine and I know she thinks she loves
me but I never can't believe what she's said
something so deceiving when you start believing
turn me around again
said we couldn't do it
you know I want to do it again
every morning x2
when I wake up
Shut the door baby, don't say a word
every morning x2
every morning shut the door baby x2
she always rights the wrong for me, baby
she always rights the wrong for me
Every morning there's a halo hanging from the
corner of my girlfriend's four post bed
I know it's not mine but I'll see if I can use
it for the weekend or a one night stand
shut the door baby don't say a word
every morning x2
when I wake up
shut the door baby, don't say a word
every morning

Thursday, February 8, 2007

Tuesday, February 6, 2007

???

Resolvi escrever uma outra vez. Tenho muitas coisas a dizer desse mundo louco que eu vivo. Sim, louco, mas muito colorido. Confesso que a vida me dói e vou explicar o motivo. Eu não suporto ver as pessoas que eu amo em estados de confusão, até mesmo porque esse é o meu estado, então sei como é lidar com a situação de corpo que não se agüenta. Algumas me ouvem, outras preferem sofrer a sua cota diária; mas são escolhas e eu também não sou nenhum profeta. Eu sofro porque levo a vida de forma fácil; tenho tempo para pensar o impensável e, esse grande inusitado que cintila em minha mente às vezes me faz sangrar por dentro. Não me reconhecer e nem saber o que sou, para onde vou e o por quê eu vou, é a sensação mais habitual que tenho. Estou procurando minimanente saber quem eu sou, dar a mim um mapa no qual eu possa me reconhecer e ser reconhecido, mas já sou tantos retalhos que nem sei mais se realmente existo.

* * *

O sangue é vermelho, mas não é um vermelho qualquer, é ver-me-lho cor de sangue. Líquido que habita um corpo, o qual está sobre um céu azul, e que também não é qualquer azul, é a-zul cor de céu. O corpo pode criar o inimaginável e se fechamos os olhos por um instante então surge o mar verde, contudo não é qualquer verde, é ver-de cor de mar. Sobre o oceano flutua um sol, que é da cor amarela, porém não é qualquer amarelo, é a-ma-re-lo cor de sol. A sua pele é da cor rosa, mas não é de qualquer rosa, é ro-sa cor de Bellina.

Thursday, February 1, 2007

SIMULTANEIDADE

- Eu amo o mundo!
- Eu detesto o mundo!
- Eu creio em Deus!
- Deus é um absurdo!
- Eu vou me matar!
- Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.

(Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo)

 
Locations of visitors to this page