Thursday, June 21, 2007

DESESPERO

Sem palavras, ou talvez, com palavras demais para dizer alguma coisa.
Perdido no espaço-tempo; aprisionado em um mundo imperfeito.
Dizem que o corpo se cria a partir da alteridade, mas não tenho alteridade afetuosa para me criar.
Desse modo o que me compõe são forças que decompõe os meus mundos extensivos. Decomposição como sabem é morte. É morte.
Wittgenstein ficou feliz quando soube que iria morrer.
Deleuze se atirou do décimo primeiro andar de um prédio.
Nietzsche ficou louco.
Van Gogh se matou.
Maiakoviski suicidou-se.
Fernando pessoa era alcoolatra.
Clarice Lispector morreu de câncer no útero.
Qual será meu destino menor?
Tristeza que me toma e corroe o meu ser. Já não sei mais se penso, se vivo, se quer, logo existo. Dor inviesade de um mundo por demais mediocre.
Palavras perdidas de um corpo inaudito que se perdem ao vácuo de uma vida precária demais, dolorida demais.
O ar que entra em meus pulmões me faz morrer de vida pela boca.

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