Tuesday, June 12, 2007

Intermitências da morte

Odeio quando as pessoas fingem se importar.
Odeio quando as pessoas só me procuram para dar conta das sua dores.
Escuta, aqui também dói, sangra.
Odeio quando uma pessoa não consegue se deslocar do seu mundo de cristal.
Odeio ter que odiar.
Odeio ter que colocar para fora a lama.
É tanto ódio que produzem em mim que não posso ficar com ele.
Pega ai de volta e saboreie a bílis que eu agora verto.
Eu não sou ressentido...
Deixo o ódio escorrer...
Deixo o veneno para você...
Eu vou caminhar no tártaro, mas vou caminhar de cabeça erguida com a graça de um adulto e não com a descoordenação de uma criança.
Não lambi o saco de ninguém para chegar a essa parte do inferno que cheguei.
Nem vou lamber; a tragédia é o que de mais bonito acontece em mim.
Esses laços vão morrer, pelo menos por hoje.
Se demora uma vida inteira para construir uma confiança e apenas poucos segundos para destruir.
Ouve o barulho do castelo caindo...
Ouve o mundo ruindo...
É só um segundo...
Nada mais...

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