Monday, December 31, 2007

Em busca de mim mesmo, em busca de me criar todos os dias.

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

Clarice Lispector

De-lírios de novos anos!

Um Novo ano está para chegar. Talvez eu devesse me sentir feliz, alegre, ou mesmo triste. Mas não sinto nada, ou até mesmo sinto. Algo estranho vai em meu peito, um conturbado movimento sem direção. Então eu sinto, mas não sei o que é! Ou eu não sinto e penso que não é?
Lá vem o ano novo! Novo em quê? As histórias se repetirão como se passado fosse e o planos sempre ficaram para o futuro. Posso ser eu um pessimista?
Contudo, outras histórias não se repetiram e algumas vidas estarão cheias de impossíveis a acontecer por entre os meandros do tempo que não se cala.
Nunca fiz planos para o futuro. Se um ano outro chega, vou deixando que minha vida se constitua, e assim, fluindo de acordo com as linhas de força que cruzam meu corpo fazendo da existência eterno devir.
Eu me perdi. Me perdi à tanto tempo que se um ano novo chega, de novo nada tem para mim; ainda estarei perdido. E mesmo que eu chegue perto de me encontrar, faço questão de me perder de novo. Por alguma razão não quero me encontrar. Mas quero encontar vocês, quero revê-los. Quero sempre encontrar um outro que me de potência.
Um ano novo vem por ai. No ano passado muitos se acharam, se acharam tanto que podem ver além do futuro; já sabem até mesmo o que vão produzir no eter, etéreo, no eterno retorno. E eu continuarei perdido. E perdido que sou, me perdi de outras pessoas, ou elas se perderam de mim. Olho para suas faces lisas e perfeitas, mas que já não carregam o brilho do olhar, pois este foi ofuscado pelas dores da vida.
A perdiçao do pós-ultra-hiper-moderno. Tempo de todos e de ninguém. Tempo sem tempo.
Minha vida de Peter pan me custa caro. Minha dor é maior quando vejo as pessoas perderem o brilho de criança e amadurecem-se como a maça na árvore do édem. E como a maça, ao invés de serem comidas por uma Eva ou Adão pecaminoso ainda em seu pleno brilho, preferem apodrecer e cair ao solo. Não, não! Se escolhesem cair e adubar o solo seria uma escolha mais justa. Mas não, elas caem porque sucubem, não aguentam carregar sua própria podridão e querem dar o que estou ao solo mãe.
Palavras tristes as que carrego hora comigo. Mas são palavras que podem delirar.
Olha o canto dos pássaros la fora. Sua cor de arco-íris encanta o céu azul no qual flutua o meu travesserio ao avesso. Ver a cor de seu canto e escutar suas penas amarelas-alaranjadas é possivel a quem delire o verbo. Será que o pássaro lá fora anseia pelo "Novo Ano"'?. Será que ele está ansioso para saber qual será o seu futuro? Para o passáro o sol nasce a meia noite e se põe ao meio dia. Meio dia como o pico de seus sonhos e desejos até ele entrar em um fluxo-vento e voar para longe.
Antes de terminar o ano, uma aranha presenciou o meu banho. Me viu nú, quase antes do fim do ano a aranha me viu nú sobre o chuveiro. Será que ela estava esperando o ano novo? Mas esperando o ano novo no chuveiro? Fez a aranha seus planos para 2008? Eu até a questionei, mas ela não me deu palavra e logo sumiu. Chego a pensar que os "bichos" tem mais a me ensinar que os humanos.
E vem o ano novo dos humanos, cheio de planos para o sucesso, cheio de dinheiro, verdadeiramente cheio da mais lindas, belas, ilustrosas, faiscantes, almejantes, desejadas E-S-PE-RA-NÇ-A-s.
Em 2008 tudo será diferente, diz a propaganda! E eu pensava que todos os dias tudo fosse diferente. Mas quando termina um ano, um ciclo de sofrimento ou alegria, logo em seguida tudo recomeça para ser um ano diferente. Será que alguém é capaz de fazer um outro ano igual? Acorda a mesma hora; refazer todos as coisas na mesma ordem; repetir as mesma palavras e fazer com que todo o mundo se repita do mesmo modo. Tarefa impossível. Ano que vem será um outro ano e nada se repetirá, tudo será outro.
Seja o que for, amanhã vou empilhar palavras outras. Vou comprar um dicionário para isso. Vou empilhar tantas palavras quanto possível e assim elas virarão uma montanha. MONTANHA. E assim, todas as palvras empilhadas caberam em uma só palavra, na MONTANHA. Então colocarei mais um monte de palavras juntas que se tornão uma uma outra MOntanha. Então, essas duas montanhas de palavras se tornaram uma CORDILHEIRA. Farei isso ao infinito e quando eu quase não possuir vida, após muitos anos juntando e empilhando palavras, elas se tornaram outra vez apenas uma palavra Universo. Então terei chegado no delíro da palavra e terei todas elas em Uni-verso.
Mas ainda estou longe do delírio. Comecei com o Ano Novo e precisei parar para escutar o outro.
Vou parar porque ainda não consigo o delírio. Mesmo que eu coma nuvens, beba ar e viva em meio ao céu, este que me parece mais um inferno, ainda estou longe do delírio. Agora estou com muito calor vou ver se o meu chuverio-margarida solta água quando eu virar usa folha-tornerira. Voce pode imaginar uma gigantesca margarida como chuveiro e a sua folha como torneria? Depois vou me enxugar com folha de bananeira e tomar um suco no como de Lírio. Enfim voltamos ao de-lírio.
Até 2008,
caosesquizo.

Friday, December 28, 2007

Do corpo que me toca ao corpo que me move!

"nao me ensina a morrer que eu nao quero"

Tuesday, December 25, 2007

Tempos desprovidos de delírio.

No descomeço era o verbo, só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois. Em poesia que é voz de poeta, que á a voz de fazer nascimentos- O verbo tem que pegar delírio.
Preciso mudar o verbo, recria-lo. Porém, dobrar o verbo é dobrar o corpo. Nesse movimento sangra-se, passa-se a beira da morte ali aonde o rio faz a curva.
Nao sou a criança que muda a funçao do verbo, sou o esquizo que desinventa letras que navegam em um mar nas alturas. Um adulto que dorme em travesseiros de nuvens e cama de águas-vivas. Sim, água-viva, áquela que escorre desforme abrindo linhas de impossivel.
Nao sei onde quero chegar, minha vontade é apenas de dobrar as palavras como um origami.
Eu deliro sobre o verbo para que ele possa nascer esquizo como as noites de aurora boreal. Esquizo sobre mim mesmo, para que eu possa nascer como o verbo em delirio pela vida.
michel de Barros e Manuel Calis

Saturday, December 15, 2007

let it die

I am tired.
I am too abstract.
Definitively, it is not my world; science is not my world.
Tired.
Six months and my project is already abstract, too abstract to apply for funding.
That is not my world.
I am living. It Is time too say good bye for so many things. It is time to let behind the wor(l)ds I never found.
Seasons walk on by.
I need to let all this things behind.
Once somebody told me that what matters is who I have been dreaming for to be (Even english I could not learn).
Now the dreams is over.
Even if there is a small light inside my body, which one do not want let me, it has to die.
It makes me want to die.
Accept the tragedy, the fact it is beyond of my capacities. I am not even human.
I m living the history and going to life.

Sunday, December 9, 2007

We almost finish

Two more weeks and I will be back to Brazil. The days have passed very fast. I almost cannot believe that I will be back and just in time. London is great, the place that I live is almost cool. But I really don't now what I will do now.
This week was nice because Chubaquinha has arrived and the goldsmith college lectures was amazing. First we met the Autonomy group and second because Suely was here giving lectures.
The Suely's lectures were great, but more great were our dinner together. She said to me a lot of things like what are her next year plans, what she is thinking theoretically and about my project.
The best thing were listen Suely talking about how I arrived at Puc and How Romualdo is working to PT mayors.
tha's it...
my best regard
and fuck you

Tuesday, December 4, 2007

This is gonna blow!

Where is my background? Where is it??It passed running and I could not notice!!!
Disquiet! Odd! That is who I am.
I'm trying to find, trying to find.
I lost some words behind, some words that I could never found.
This gray world is not for me, maybe for somebody.
Nothing.
Nothing.
No meaning.
No time.
Nonsense.
Not you.
You are already dead like a stuffed cat!Have you been stuffed alive.
Madness.
Uncreate. Disinvente.
No meaning poem or to much meaning poem.
No side.
Great life without body.
Stop to eat and start to embody. Stop to live and start live.
All the future lines running fast to empty children, killing youth with easy listening.
Remember: god speech just sustain illusions.
I have been lost from time to time.
See you

Sunday, November 25, 2007

I am alien. Its a beautifull life!!!!

about nothing

THe wine goes to my veins. Life become short and large. The pain goes to extremes and there is nothing in between. Run from my side because I am a point of no return. I am not the kind of lay down and die. Remembering my dreams last night. What have you done? THere is no chemical between people, only lies. I want you to rember, everything you said to my hell. I am going crazy. My millions of personality are taking place in my body, they want to speak. Sometimes they are heros, but another they are criminals. I am a criminal. I made many mistakes. My born is a mistake. Why does everybody prefer to live a lie. Why do I prefer a lie. What do I have become? What was that dream? Why some many reality dreams...

Friday, November 23, 2007

I, I, I...Ego.

I lost my desire. I don't know what is happening with me. I cannot wake up early in the morning and also study. I have been passing my mornings lay down on the bed, watching videos. No, they are not good videos! My lung are tired, my head full of ghosts. Sometimes I don't even no if I got a body. I have not been posting because I do not know what post. Nothing happens, nothing unsual. I'm paralyzed. Yesterday I cry. I have been doing my things to go somewhere that choose, but it has not working at all. I want to jump from the top of a building only to see the things passing slowly through my eyes. The only thing that I can see is money saying good bye. Watch the water bleed the soil, so the circle is complete. Tell me want you want. Is the earth beneath my feet? I do not even no if I can swim again. Tell me what I want, what have I betrayed?

Saturday, November 10, 2007

...

I have been in Cambridge. It is an amazing city and university. I've been at the King's College, which was constructed in the 14 century. Annexed to every college they got a chapel, and the King's college chapel is wonderful. It don't looks like a church or anything, it is a interesting building with 25 meters of high, 88 meters of length, 24 of width and a lot of mystery. I walked around the city and could see places where Sir. Isaac Newton lived, drank and study. Trinity College is the place where Newton wrote most of his papers. The book Principia Matematica is in the Cambridge library with a lot of other manuscripts. What can I say? 32 Nobel prizes had studied at Cambridge. A beautiful city, university, but they are very capitalists, to study there you have to pay 40000 reais a year and of course being accept. Anyway, there you can fell a little different breeze touching your nose.
* * *
I lost my madness. I want to be crazy again. I don't know how I became a normal person.
I have been study 8 hours a day, trying to improve my FCK english, just to pass three years, or more, of my life in this could country. Ok, they got National Gallery, British Museum, Cambridge, Oxford, but they don't have my friends, which can provide my madness. In some way I've been felling a prisoner and I want to set me free.
This world has no meaning for me. My wish is have words like Nietszche...
"I know my faith. One day my name will be associated with something tremendous, a crisis as not equal..."
What I got? Words without meaning, without any sense, unfinished projects and fragmented thoughts.
I need something different, something from the heights, rarefied air...
Unfortunately, I'm human, too human...


Wednesday, October 31, 2007

National Gallery


Today I went to the National Gallery for a draw course. It was amazing I passed my afternoon drawing naked, almost naked bodies. First we got a history explanation about the picture and after a human model came and took a body position as one of the person on the frame to be drawn. They gave all material, pencils, erases, papers, everything we needed.
In the middle of the afternoon, I watched a lecture that was given by Gerald Scarfe. This guy is a famous cartoonist here in London and USA. His works are fantastic. He explained them, which consist about a sort of caricatures as Tony Blair, Bush, Margaret Tatcher, the Pink Floyd CD The wall and the disney cartoon Hercules, which has a special personage for me, Hades. He talked a lot about many things and showed the letters that angry people had sent to him. The most fabulous thing in this lecture was seen him drawing to the auditorium.
It was an amazing day. National Gallery is a place to be enjoyed and I will be there always.

Saturday, October 20, 2007

no meaning

I think that I born to resist and this act cut my skin making me bleed.
Maybe, the blood which flows is like the rain described by Silvio. Or Not, it looks like more a storm that never finished. Blood. Bleeding. Outside there is a meaningless world. There is a world by control of which is produced by its details. No, no, we are not saved, in any where. The death can arrive any time and scoop us to nowhere. Yes thats the life, and its finishing each second that in the capitalist clock pass. Its cold outside, cold like most of the people around the world. They lost their affection, they have became a zombie which follows blindly the heaven.
I born in the hell, surrounded for ghost and now I am living on the top of the heaven. Leaving as a beggar who ask about one single life meaning. Such disgusting world.
am I leave or I am already dead?
questions

Tuesday, October 16, 2007

Dream about Nietzsche: angle alpha - 10 exact point Nietzsche

Last night I had a strange dream. First my father was not my father, he was only the guy that gave me life; my real father, in this dream, was Nietzsche (I'm not 100% of sure). However, in this dream, my father met Nietzsche in some point in the past. Nietzsche said a secret to my father and he should keep it and tell me afterwards. In a second moment the secret arise to me when I was walking around some place at London or Cardiff when I was recording images of a garden. The camera screen started to show me not the present, but the past. In this place at the past showed by the camera, I could see the exact moment on which my father spoke with Nietzsche when he said the secret. The secret which my father should say me was "angle alpha - 10. In the exact point." What is hidden behind this words? What is this secret about? Somebody can give some Idea?

Friday, October 12, 2007

From Cardiff

Here I am in Cardiff, Wales.
I already talked to Dimitris and the things seems ok. He is doing everything to my admission to the University.
Today Im' working on the project. I must be a very good project to Dimitris persuade the Head (fat cat) of the social scholl that my presence in Cardiff is good to them.
Ok, some lies are necessary.
Is all fellas
tomorrow I will right about everything!
tears

Monday, October 8, 2007

I don't know how I am feeling. Sad might be the word. The days have not been easy; some inside and outside changes have been happening.
My sadness comes from to some occursus broken. I have met a lot of people here in London, most of them only have crossed my life, but there are others who have left traces in my subjectivity. When these people, in these occurs of which had brought me potency, had to leave, it was hard because it is not only a loss of bodies. It is loss of good affection. When I know somebody is leaving my heart and my neck become overwhelmed. It's impossible to seize a teardrop.
Other things have overwhelmed my entire body too, taking off my freedom, my potency. Therefore I still don`t know which thing is this one.
The fact is that I m missing my friends, the good occursus and I don't know how to manage my losses.

Sunday, October 7, 2007

Sadness about a leaving

I don't know how I've been felling. Sad might be the word. The days has not been easy; some inside and outside changes has been happening.
My sadness come from to some occursus broken. I have met a lot of people here in London, most of them only have crossed my life, but there are others who let traces in my subjectivity. When these people, in these occurs of which had brought me potency, had to leave, is hard to me because is not only a lost of a body, is a lost of the good affects. The days in which I know somebody is leaving my heart and my neck become overwhelmed. It's impossible seize a teardrop.
Other things have overwhelmed my entire body too, taking off my freedom, my potency. Therefore I still not know which thing is this one
The fact is that I missing my friends, the good occursus and I don't know how to manage my losses.

Tuesday, October 2, 2007

just another day

Days. One day rising, another day dies.; it's a cycle. We never know when, or how, its going to finish.
I could be at the hospital today, now. A car almost hit me;I did that stupid thing: look left, look right. I should look right first. The car hit me, but it didn't let any ruin.
I wake up strange, my day get worst at afternoon and it almost finished at the hospital.
Tomorrow I will buy a good bottle of wine. I will drink it alone and after I will spend my time at one museum or talking with some strange.
cycling trivialities.
I am missing something. Maybe scream at horto florestal. Paint a wall. Some kind of art.
No philosophy, no psychology, just life.
It's been a month since I read these kind of books.
Struggle
live me alone
bring me life ...

Saturday, September 29, 2007

Thursday, September 27, 2007

Adrenaline - Gavin Rossdale

Too much is not enough!

Thoughts flying

There are some words of which I'll never find and I'm left behind. Now, my mirror show another face, another place to hide it all.
Freud said that dreams are the way to inconscious but for me it has never been the answer.
And I am lost behind. If I should be short on words and long on things to say could you crawl into my world and take me worlds away. Should I be beside myself and not even stay?

Follow the Music ADRENALINE

You don't feel the pain...

Too much is not enough
Nobody said this stuff
makes any sense
We're hooked again

The Point of no return
See how the buildings burn
Light up the night
Such pretty sight

[Chorus]
Adrenaline keeps me in the game
Adrenaline you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline
(You don't feel the pain)

Sail through an empty night
It's only you and I
who understand,
There is no plan

Get closer to the thrill
Only time can kill
What's in your eyes
Is so alive

[Chorus]
Adrenaline keeps me in the game
Adrenaline you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline

Run through the speed of sound
Every thing slows you down
And all color that surrounds you
Are bleeding to the walls
All the things you really need
Just wait to find the speed
Then you will achieve
Escape velocity

Too much is not enough
Nobody gave it up
Im not the kind
To lay down and die

Adrenaline
keeps me in the game
Adrenaline
you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline

Adrenaline
Screaming out your name
Adrenaline
you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline

(Adrenaline)

You don't even feel the pain
You don't even feel the pain
I'm going to extremes
There is nothing in between
You don't even feel the pain

Monday, September 24, 2007

He wrote, you wrote, they wrote.

One of my friends wrote. The other wrote too. This unleash an affect net and all of us start to write. It's bring me a desire to write and here I am, writing.
I don't no what connect us, but we are connected. I always miss my friends and they are in my thoughts every day. They are my source for creation, and in some way what I have been created becomes from them. Deleuze wrotes about intercessor, and this connect us. We are all intercessor of the other, and our connections is this. This means that I am not only Michel, I am Silvio, Max, Pedro, Joao, Renam, Chubaquinha, Jundiai, Vitor, Romualdo, Miss Clown... And what I become is my friends at the same time that they became me.
THis point lead us to think that we are all others but in some way, in essence, the same. If I am abnormal person I had to thank my friends, because they make me special, and every single line of thoughts that I write become from them too.
with love
michel
Ps: I like Vitor poetry too.

Friday, September 21, 2007

For an important person in my Life, The criator of enemasofia!

Today is a especial day for you. I remember when you was a child, a baby, and you alone tried to cross the street of, in that time, was our home. The car almost killed you.
The life has not been easy for you. You passed for a lot of hard experience, the worst one was you father lost, who was a great person. He got a great heart and in his simplicity he knew what was affect, eventhough all problems.
Now you grown, you became a man. Inteligent, the world is opening for you each minute. You entry in a public university, in two, and prove to all the people around that you could.
The next year we will be too much better. I am sure that we will travel around Latin America, after this, I want you come to stay in London with me for a while, and maybe make your master degree here too.
All I want to say you is that I really admire you... And you got my love and respect.
Happy Birthday My soul and blood brother.
my bests
michel

Friday, September 14, 2007

Sunday morning

Here we go again! It's friday, the day that I will used to right. (I star on fridaym but I finished on sunday)
Ok! This week was pretty well. What Can I say... Some discussion have warm a little up my home.
My flatmate Bruna told me that we can produce money. Yes, works produce money, but she doesn't know how it is possible. Unfortunately she believed that everybody can be rich because money can be produced by ourselves. She said that she will teach me how it's possible. Killing the fuck capitalist?
I always believed in the economic principle, which means that when we change the money one part goes from one hand to another and no more money could be produced if you don't put gold in a bank. I think it because I have been Reading Engels and Marx works and I've always believed in the material basis of the money. It means that all money in the world corresponds in a piece of gold in the mundial bank, which means dollar after the Bretton Woods Trade in the 40's and the 29 crisis. So, the Mundial Bank has or should has, gold enough to support the changes. But remember, only the work can produce richness the explotation! Somebody can help me to understand it if I am wrong?
About the travel...
Sabrina send me a e-mail and she told me that she got a kombi. Can you believe?
Vitor will track the road that we can do around South America. We could go and help people in the places that we stop. So, slowly we wanna set all the things up guys.
No to much to say...
See you sonn



Friday, September 7, 2007

Thoughts

Here I am. Thinking about write. One of my soul brother asked. Nevertheless, I already got the feeling that I should write. The time to write has arrived.
Life here is normal. I am a regular english study guy, that had been lived a little bit.
Not to much thing to write guys, not to much. No crazy parts like we used to do; no beautyfull crazy girl trying to kiss me; nobody to talk about my insanity, infact our insanity. I love you all guys. I missing my thought freedom with you.
I have been lived with five girls, but you know, all of who doesn't know about freedom. They live in a jail. So, Max, no crazy poems, no crazy conversation, nothing to share. I have been watched many movies, but on my own; they prefer blockbusters. That's it.
My last meeting with Dimitris was, like silvio used to say, an possibility ocean. He is interesting in my crazy thoughts. I think that we are walking around the affect occursus.
Guys, I have been thinking a lot about our Kombi travel around South America and I will try hard to realised it. So, What you think about? Let's plan it? One year to plan! Let's go! We don't need Kombi, we can go by bicycles, by hiding, with money, without, sharing everything.
It's about affect soul brothers! ON THE ROAD!
It's amazing when I can ready things that all you are writing at blogs. Makes me feel happy, very happy. Makes me closer of all you.
Ok! Fuck you all sonofbitchs!
Let's go to the road
We can ask Sabrina to come with us! We can ask about the affect! Let's the heart show us the way!
Let's rock this world...Let's be free...
see you later

Thursday, August 30, 2007

I am the highway

I wrote a nice text, but this fuck firefox doesn't work very well.
So, I will re-write again later. By this moment, I want to say to my Soul brothers that I watched Nake Lunch, a David Cronemberg movie based on the William S. Burroughs novel. It's about bug powder (po) addiction. It's crazy guys, too much crazy.
I have been listen Audioslave, can you remember?
This sentence of " Show me how to live" lyric is amazing: The last American heroes to whom speed means free the mother soul.
The question is not when they gonna stop, but who gonna stop them.

YOU GAVE ME LIFE, NOW, SHOW ME HOW TO LIVE.

Ill of power.
see you


Tuesday, August 21, 2007

Improve language.

In some way I have been felling like Jack kerouac. Reading On the road, the things looks familiar like my days in Rio Claro. I was thinking in not compare my life with jack's life. I don't now if I will compare or not. Maybe the next time.
Kerouac's life, in some moments, remember some piece of my life, like Rio Claro one; life imitates art, or art imitates life; who knows! Kerouac's life is great and gives me power to go on, to achieve some goals that I need to. That's it, smelling Kerouac essence to write another future.

London is London, yells, screaming, strange people in the streets, garbage, beggars, vagabonds, homeless and me. London is like that too, ferraris, porsches, rich people, turists, idiots, junkie food and me too.

This is my first poem in english. This is my first thoughts in english.

Saturday, August 18, 2007

I want to know banksy!

Banksy art

Lost in translation

Here I am, in this new-old brave world. Where my friends are? my cousin? I have been felling alone at this city. Nobody to discuss about biopolitics; feeling unprepared; without work. The only great thing that I have been doing is read On the road. Trying to figure it out how strong Jack Kerouac was about a life change and trying to take a little of this power to me.
Sorry guys, I know that I have been seen a lot of things like Tinttoreto, Veronese, Michelangelo and Rafaels's frames. Yes, it is great. I have to say another thing. At the Tate modern, which is one of the biggest museum here, there is an exhibition of Helio Oiticia about the colorful bodies. Remember guys, the Brazilian artist who was friend of Suely Rolnik! Believe me, we have to pay 8 pounds, something like R$ 32,00 to what this.
So, there is a lot of things happen here, but I look like see this movie in slow motion.
I need to talk with you guys, I need to read the crazy things that you use to write at the blogs. How can I live without intersection?
That's it. I missing my friends more than everything. Yes, a brave new word is good, but is nothing without the friends.

Thursday, August 9, 2007

Everybody wants the same!

I am missing my self, just like Vitor are missing himself.
One agressive part of me is quiet. I don't now, maybe it was sleeping to wake up with a new power. I'm missing this powerfull, agressive anger, parts. I used to fell that. A felling that I caould broke the word into. Something like Deleuzian fold. You can ask whye I hate the world, eventhough being here in UK. FC UK. The capital is the same, and I can say that subjectivies are the same. Everybody wants to consume, consume. They want to live an excess. Doesn't matter poor, rich, migrant, child, elderlies, everybody wants consume, wants money.
Does the world can offer excess to everybody?

Wednesday, August 8, 2007

Hot days in UK

Where is my Friend Silvio? Somebody can tell me?
So, here I am, again. Talking about the London city. I have to say that I am trying to learn english, but here, I think that it will be a hard task. I will say why: there is a lot of immigrant. Any time that I walk around I can listen another language.
London is like another capital, cosmopolitan. In fact, you can thing a lot of things here, however you cannot find a great Brazilian's burguer from the streets. You know, that big hamburguer with a lot of stuffs. There isn't one amazing food like that.
Today I learned how to say desassossego in english, is Disquiet. I learned how to say linha de fuga too, and they said LINE OF FLIGHT. I have been learned a lot of thing.
Mas dinheiro que e bom nois num have!
Let the biopolitics go!Let's consume shit!
see you

Thursday, August 2, 2007

From London

I have to tell something. Today I went to the British Library, it was amazing. When I saw all that books, all the people, I felt very lucky. People like Lenin, Nietzsche, Darvin, they already been here to see some books. Now here I am, at the same place, trying to ready, maybe, the same books.
I don't now what will happen about my life, but I have sure that great things is coming. so, lets work.

Wednesday, July 25, 2007

Na terra da rainha!!!

Eu nao sei muito o que dizer, a vida aqui na terra da rainha ainda e dificil. Como pode-se ver o teclado e no esquema antigo e ja perdemos os acentos. Londres e a capital e por aqui o que manda e a grana. Se voce quer um emprego tem que estar de acordo com o capitalismo mundial integrado necessita, se nao, esta fora. Tudo parece se acertar por aqui, o porvir parece esta cheio de potencia e vida. E foi isso que eu vim buscar!
abs

Wednesday, July 18, 2007

Sublime e o transcendental

Eu tenho que dizer que em toda obra existe um pintor, o qual está implicado na criação e que guia e pensa cada pincelada. No caso, eu como pintor, carrego comigo a minha ontologia, minha existência e constituição do que eu sou até este momento. E o que eu sou neste momento depende das marcas (ROLNIK) latentes em meu corpo, e tenho que confessar que nele grita a teoria dos processos e políticas de subjetivação. Deste modo cada pincelada passa por esse corpo que é imanente à obra.

(explicar o que eu entendo como a teoria dos processos e políticas de subjetivação)

Quando começamos um quadro é necessário constituir uma primeira camada básica de tinta, que na maioria das vezes são formadas por desajeitadas pinceladas que compõem o fundo, o plano a partir do qual as pinceladas mais finas e cuidadosamente trabalhadas serão criadas. Então vamos ao fundo.

Como eu disse, não sei nada, ou quase nada sobre o sublime e o transcendental e para começar a constituir um conhecimento sobre essas duas categorias eu recorro a um norteador básico, o dicionário. Vejamos o que ele tem a dizer sobre elas:

Sublime [Do lat. sublime.] Adj. 2 g.

1. Que atingiu um grau muito elevado na escala dos valores morais, intelectuais ou estéticos; quase perfeito:

2. Cujos méritos transcendem o normal; inexcedível; muito admirável:

3. Diz-se de quem está em posição superior à de outros, ou distinta da de outros; insigne, celso, excelso, preexcelso, preexcelente:

4. Esplêndido, esplendente, magnífico:

5. Grandioso, augusto, magnífico, esplêndido, soberbo:

6. Encantador; maravilhoso; divino:

7. Muito bonito; formosíssimo, gentil, lindo:

8. Nobre, pomposo, elevado, erguido:

~ V. - Porta.

S. m.

9. Aquilo que é sublime:

10. O mais elevado grau da perfeição.”

Transcendental: [De transcendente + -al1.]

Adj. 2 g.

1. V. transcendente (1 a 3).

2. Filos. No kantismo, diz-se quer do que se refere ao conhecimento das condições a priori da experiência, quer do que ultrapassa os limites da experiência.

~ V. idealismo -, idéia -, lógica -, realismo - e transcendentais.”

Transcendente [Do lat. transcendente.]

Adj. 2 g.

1. Que transcende; muito elevado; superior, sublime, excelso: 2

2. Que transcende do sujeito para algo fora dele.

3. Que transcende os limites da experiência possível; metafísico. [Sin., nessas acepç.: transcendental.]

4. Filos. Que se eleva além de um limite ou de um nível dado.

5. Filos. Que não resulta do jogo natural de uma certa classe de seres ou de ações, mas que supõe a intervenção de um princípio que lhe é superior. [Opõe-se, nesta acepç., a imanente (2).]

6. Filos. Que ultrapassa a nossa capacidade de conhecer.

7. Filos. Que é de natureza diversa da de uma dada classe de fenômenos. ~ V. curva -, equação -, finalidade -, função -, número - e operação -.

S. m.

8. Aquilo que é transcendente.

9. Mat. Número transcendente

Saturday, July 14, 2007

O sublime e o transcendental

Propuseram-me um artigo e, a princípio, gostei da idéia de escrever; iniciei um outro momento de vida e achei que o pedido veio em boa hora. Com o corpo em ebulição comecei a imaginar dos livros que estava lendo quais poderiam ser usados, quais poderiam me ajudar a refletir sobre o assunto. Foi então que o tema sobre o qual eu teria que escrever surgiu à tona: o sublime e o transcendental. Meu primeiro pensamento foi que não sei quase nada, ou nada, sobre o sublime. Lembrei de ter ouvido ou lido alguma coisa sobre Freud e a sublimação, mas também não sei se teria relação com o sublime. Enfim, nada que eu pudesse discorrer sobre o tema. Quanto ao termo transcendência devo confessar que embora o entenda em meu corpo, não sei se consigo explicá-lo por palavras; ele na maioria das vezes me pareceu confuso. Então, por enquanto tudo obscuro, como diria Carlos Butullo: é como se a paisagem estivesse envolvida por uma névoa, a mesma que envolve Avalon.
Nesse processo de escrita eu vou tomar o artigo como se ele fosse o trabalho de um artista que pinta uma tela; vou tentar criar um contorno com linhas básicas e depois vou pintando a paisagem do que seria o sublime e o transcendental. O que eu estou fazendo aqui não é nenhuma loucura, esse quadro, essa paisagem a ser pintada, eu uso como metáfora ao método utilizado que será o da cartografia.
A cartografia como método torna o artigo não o ponto final de um trabalho, mas sim o caminho que se delineia até a sua conclusão. A paisagem surgirá à medida que cada pincelada for se materializando; é um processo constituinte no qual nenhuma forma é dada como pronta e tudo está em vias de criação.
Para entender o sublime e o transcendental eu precisaria escolher uma tela, vou usar uma cor da qual eu gosto muito,

Thursday, July 12, 2007

falta dos meus amores

Vocês me fazem falta. A poucos dias de minha partida meu coração começa a ter um certo descompasso; já sinto falta dos meus amigos. Existe um fato, um simples grande fato que já percebo a dor da partida; eles vivem em mim, assim como eu vivo neles. É amor. Como dizia a canção: amor que não se mede, que não se repete, amor. Eu vou, mas com o intuíto de unir todos eles em breve, em um lugar que jamais imaginamos um dia estar. A cada dia vou lutar para construir a sala do que um dia se chamou Reflexões e que logo terá um outro nome. Será assim, todos em uma mesma sala a falar sobre nossas alucinações, loucaras, divagações sobre as vidas de passagem.
Uma sensação me toma, a de poderia escrever um livro sobre nossas loucuras!
Ainda temos muitas coisas para fazer.
Uma viagem de combi pela america latina.
Uma Revista fudida pra fazer.
E nossa sala.
E $$$$ pra gente beber whisky à vontade!
rsrsrsrsr

Wednesday, July 11, 2007

O Furto

Eu furtei um livro. Simplesmente o peguei em uma prateleira, o coloquei entre minhas coisas, e sai, como sai qualquer pessoa de uma biblioteca. Decidi que só furtaria se me sentisse à vontade e, me senti. Coloquei algumas prerrogativas para o furto; não furtaria se não existisse o mesmo exemplar, não furtaria se achasse que muitas pessoas necessitariam do livro. Todos as proposições concluídas, lá fui em em direção a saída, e, saí. Antes, contudo, pensei em uma desculpa caso eu fosse pego. Como não fui, agora tenho um exemplar do livro Ética de Espinosa, em latim e francês. Então, logo mais, Espinosa.

Monday, July 9, 2007

Reiki, a experiência.

Ser outro e ainda ser o mesmo. Minha vida clara é por muitas vezes obscura. Tudo acontece certo por linhas tortas. Um outro dia, outras experiências, outra vida. Uma hora começamos a caminhar; isso simplesmente acontece. Em um momento estamos nos arrastando pelo chão e, do nada, levantamos e iniciamos a caminhar. Viramos um bípede independente no quesito locomoção.
* * *
Ontem fui iniciado no Reiki. Tornei-me um vetor da energia cósmica do universo para cura; agora posso transmitir tal energia para as pessoas e a mim mesmo.
A iniciação aconteceu em um lugar perto da natureza, no meu caso, foi dentro de um riacho. A água tocava os meus pés enquanto os canais para energia cósmica do meu corpo eram abertos.
Talvez você pense: o que um materialista fazia em um riacho buscando energia cósmica? É que eu penso que essa abertura tem implicações no processo de subjetivação. A abertura desse canal pode estar de alguma forma ligado à abertura da subjetividade. Vamos ver o que pode acontecer!

Friday, July 6, 2007

Substância, Atributo e Modo.

Tomando a definição de Maimônides, Espinosa dirá: compreendo como causa de si mesmo (Causa sui) aquilo cuja essência envolve existência e cuja natureza só pode ser concebida como existindo. Substância então é: “aquilo que é em si mesmo e é concebido por si mesmo”, aquilo cuja concepção não requer a concepção de uma outra coisa. A substância não depende de nada para sua natureza, ela é ontologicamente independente, não depende de nada de fora. Logo, “existência pertence à natureza da substância”, e toda substância contém dentro de si a completa explicação de sua natureza e existência, sendo assim causa de si mesmo. Substância existe e existe necessariamente.

Atributo para Espinosa é definido como “aquilo que o intelecto percebe como constituindo a essência da substância”, e ele diz que existem vários, infinitos atributos.

Nesse ponto é necessária a retomada o pressuposto oculto o qual diz que “o que o intelecto percebe como constituindo a essência da substância”, realmente constitui a substância. Contudo Espinosa dirá que ao ser humano (modo finito) só é possível compreender dois atributos da substância divina, a extensão e o pensamento. Um atributo então é aquilo que é atribuído à realidade pelo intelecto.

Quando Espinosa diz que existe dois atributos, diz também que podemos conhecer o mundo completamente por duas maneiras incomensuráveis.

Antes de terminar é preciso esclarecer uma categoria importante na filosofia de Espinosa, o modo (modus), modificação.

O modo é algo que não existe independentemente, mas somente em uma outra coisa, da qual depende. De acordo com Espinosa apenas substância e modo existem. Nessa concepção o corpo seria o modo finito da substância divina, pois nossa existência é explicada a algo fora de nós mesmos. Espinosa entende como modo também a linguagem, as propriedades, as relações, os fatos, processos e indivíduos

Tuesday, July 3, 2007

...

Para entendermos Espinosa é necessário conhecer alguns dos termos chave de sua filosofia. Conceitos como Deus”, “Substância”, “Conceber”e “em” têm na obra desse filósofo um sentido diverso que deriva de uma versão elaborada, constituída na primeira parte da ética, de um argumento ontológico da existência.

O argumento antológico parece provar a existência de algo a partir da concepção dessa coisa. O argumento seria então: Deus existe, e existe necessariamente.

Para chegar a essa proposição Espinosa partiu de um paradigma da filosofia racionalista da “idéia clara e distinta”de Deus e seguindo por passos claros e distintos chegou a essa conclusão sobre o mundo.

Os filósofos antigos acreditavam que pelo menos uma coisa existe (Deus), já Espinosa acreditava que o argumento mostra que no máximo uma coisa existe, e se essa coisa existe, ela está “em” Deus. Aqui temos o aparecimento da palavra “em”, termo técnico na filosofia Espinosista. Para entendê-la é preciso conhecer a distinção entre Substância e Atributo e uma premissa oculta na parte 1 do livro da Ética.

Começamos então com o pressuposto oculto. Para Espinosa, “Realidade e concepção coincidem de tal modo que as relações entre idéias correspondem às relações na realidade”. Espinosa tentou provar essa tese através de uma versão especial do Método das “idéias claras e distintas”, mas mesmo assim ele continuou sendo apenas um pressuposto.

A conseqüência desse pressuposto se manifesta em outros trechos da obra do autor. Espinosa afirma que o conhecimento (cognitio) de um efeito depende do conhecimento de sua causa e a envolve. Assim, se A causa B é a mesma coisa afirmar que B é dependente de A para sua existência. Essa dependência entre coisas é “EXPRESSADA EM” ou “CONCEBIDA POR MEIO DE”, uma dependência entre idéias. A idéia de B é dependente de A e sua verdade precisa ser estabelecida por referência á idéia de A.

Assim existe uma dependência racional entre as idéias características do raciocínio matemático. Então, entre A e B existe uma causalidade quando a existência e a natureza de B precisa ser explicada em termos de A.

O pressuposto oculto mostra a dependência entre idéias, ou causas pelas substancias as quais são inerentes. O termo “em” para Espinosa quer dizer que B esta em A ou que A é a explicação de B.

Monday, July 2, 2007

Atravessando palavras.

Outro dia, outra vida. É assim, como disse a numeróloga: tudo tem um ciclo, e ele tem começo, meio e fim. Chegou o fim, e, juntinho dele está um outro começo. A coragem me é necessária para deixar um conjunto de coisas para trás. Na maioria da vezes eu a instauro para aguentar a dor da perda. É dolorido, mas tudo termina. Logo, no momento seguinte vem o novo, o outro com diferentes composições de vida; rumos inusitados a serem seguidos; outras possibilidades. As experiências podem ser vividas com a base construída, uma história de vida que me permite discenir melhor sobre as possibilidades de paixões alegres e as de paixões triste. Agora estou mais preparado para perceber o resultado dos encontros pela minha pele que torce e contorce. É intensivo. É teoria aplicada na prática. Busco um modo de ser mais imanente e menos trancendente. A vida que se cria e potencializa lá mesmo onde ela é subsumida como impotente.

PONTENTIA

Tudo certo. Mais ou menos como o planejado. Amanhã tem mais.
O Planejamento está se concretizando, mas ainda é preciso fazer ajustes. É como temperar uma comida, um pouco mais disso, um pouco mais daquilo e vamos que vamos.
* * *
Os olhos estavam cegos, não conseguiam enxergar além de alguns passos.
Gatinhava, arrastara-se; sempre com o umbigo ainda conectado.
O umbigo começou a ser cortado. Com essa ação, um deslocamento foi constituido.
Provavelmente os passoas a seguir serão tortos, doloridos, mas serão passos rumo à realidade, ao crescimento imanente.
Nos seguimos, sem saber onde vamos parar, se é que será possível parar.

Sunday, July 1, 2007

Barco Partindo

Londres está se constituindo. Dimitris me respondeu dizendo que quer conversar comigo no mesmo dia em que eu chegar, entende que estarei cansado, mas pediu para eu me esforçar. Então, as 19:00 horas da noite do dia da minha chegada estarei em algum canto londrino conversando sobre prováveis mares a serem navegados.
Hoje também tive boas notícias de Petrópolis. O Silvio, meu amigo que trabalha com o Leonardo Boff, pediu a esposa do mesmo para interceder por mim em um outro contato londrino. Márcia Miranda, vai me apresentar a um brasuca cearense que trabalha na BBC de Londres; pelo poder da mulher será um ótimo contato.
Assim, redes vão sendo construidas com base em verdadeiros afetos e perceptos que vão viabilizando a vida.
* * *
Espinosa está em minha mente. A noção de comum que se remete as relações possíveis entre eu e a alteridade me levam a pensar em nossa constituição no contemporâneo. A partir do comum se produz tanto a potentia como a potestas, ou seja a capacidade de produção de paixões alegres ou paixões tristes. O capitalismo na sua forma contemporânea de Império age nesse comum produzindo a vida como potestas. Nesse sentido, no comum é produzido apenas um Mal-estar reterritorialziante, ao invés de ser um deslocamento territorializante.
* * *
É chegada a hora do tudo outro, outras teorias, outras práticas de vidas, outras...outros...
* * *
Me tornei workholic.

Saturday, June 30, 2007

Ex nunc pontentia

Ex nunc potentia

Rumo para além do horizonte.

Iniciado o grande ciclo de navegações. Embarco rumo a um outro futuro, a uma outra vida; um modo existente mais imanente e menos transcendente. Para tal viagem é preciso organizar as ferramentas uma vez que os rumos são desconhecidos e os acontecimentos imprevisíveis; agora cada dia, mês, semestre e ano devem ser planejados...

Thursday, June 28, 2007

Balanço Semestral de livros lidos, livros inacabados e os que precisam ser lidos

Lista de livros acabados

Ulisses - James Joyce
O Cortiço - Aluísio Azevedo
O Alienista - Machado de assis
A parte Maldita - Georges Bataille
O Livro dos Sonhos - Jack Kerouac
Genealogia da Moral - Nietzsche
Um eremita em París - Ítalo Calvino
Lênin, Vida e Obra - Moniz Bandeira
Espinosa: Filosofia prática - Gilles Deleuze

Livros inacabados

Kairós, Alma vênus, Multitudo - Antonio Negri
Anomalia Selvagem - Antonio Negri
Três Ecologias - Félix Guattari
A condição humana - Hannah Arendt
Livro do desassossego - Fernando Pessoa
The new thing - Wu Ming
Imperceptible Politics - Dimitris Papadopoulos

Na fila para serem lidos

Arquivos do Mal-estar e da resistência - Joel Birman
Foucault - Gilles Deleuze
O Anti-édipo - Gilles Deleuze e Félix Guattari
Mil Platôs - Deleuze e Guattari
O animal que logo sou - Derrida
O Imaterial - André Gorz

Livros sendo relidos

Vida Capital: Ensaio sobre Biopolítica - Peter Pál Pelbart
Genealogia da Moral - Nietzsche
Ecce Hommo - Nietzsche

Wednesday, June 27, 2007

Projeto Social em apuros.

Projeto Social em apuros.

Abaixo a carta de Leonardo Boff enviada ao Reflexoes Contemporâneas, referente ao projeto coordenado pelo Sílvio. Estao envolvidas pessoas da mais alta capacidade e honestidade, que precisarão, durante os próximos dois meses, de toda e qualquer ajuda para que o projeto continue em funcionamento.
Nao publicaria este pedido se nao conhecesse pessoalmente a seriedade e a grandeza dessas pessoas, embora a imagem pública e a história do Leonardo já fale por si.
O Centro de Defesa dos Direitos Humanos existe já há quase 30 anos acompanhando as populações carentes de Petrópolis.
O projeto mais humanitário e que nos é mais caro é o Pão e Beleza que se destina a atender as populações de rua e pessoas com problemas de doença e saúde mental, esquecidas pela sociedade em geral. A porta de entrada deste projeto é oferecer refeições diárias para até 150 pessoas (Pão) para em seguida tentar resgatá-las em sua dignidade (Beleza) e capacitá-las para sua integração na sociedade e, quanto possível, no mercado de trabalho.
O projeto Pão & Beleza é financiado pela Petrobrás. Estamos em fase de negociação para a renovação do convênio, um processo que se estendeu mais do que esperávamos.
Disso decorre a urgência: nossos recursos para custear as atividades do projeto, do qual dependem direta e diariamente 150 pessoas, esgotam-se ao término do corrente mês (30 de junho). Desse modo, até que tenhamos a possibilidade de contar novamente com a vital ajuda da Petrobrás, serão pelo menos dois meses de total ausência de recursos.
Por isso, estamos em caráter de urgência pedindo ajuda para cobrir os gastos mensais que alcançam a cifra de R$ 30.000. Esperamos que compreendam nossa angústia e que entendam que estamos nos dirigindo a todos aqueles e aquelas que sentimos sensibilizados e companheiros na busca de justiça e solidariedade.
Não queremos deixar de atender esses mais pobres dos pobres que Jesus chamou de "meus irmãos menores".

O depósito pode ser feito na seguinte conta:

Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis
Banco do Brasil
Agencia 0080-9
Conta 27232-9
CNPJ 27.219.757/0001-27
O CDDH tem o título de Utilidade Pública Federal, Portaria 3.244 de 27/10/2004. Se alguém precisar de recibo entre em contato com a Maria da Glória Guerra (rls-mgg@compuland.com.br) ou pelo telefone (24) 9819-2152) ou com Thereza pelo telefone (24) 2242-2462 ou 2246 0214 ou ainda pelo e-mail cddh@cddh.org.br
Com nossos agradecimentos pela solidariedade com quem mais precisa.

Leonardo Boff
Presidente de honra do CDDH


Conheça detalhes sobre o projeto em seu web site:
www.cddh.org.br/paoebeleza

Monday, June 25, 2007

Hate this Place

Estive revendo todas as minhas lembranças, aquelas que vc me deixou e entra elas está a letra dessa música!

Criando uma nova vida

Inicia-se uma nova jornada. Fecha-se um ciclo e abre-se outro. Aqui estou delimitando um momento de vida que chega ao fim. É preciso mudar os rumos do barco e tomar definitivamente o leme. A necessidade de terminar um tempo de navegações em circulos é chegada. Os mares são incertos, nunca antes navegados; os ventos são esquizos e sopram em direções distintas.
Começa aqui uma nova, uma outra viagem. Eu chego a frente do barco sinto os ventos baterem em meu rosto. Não sei os momentos seguintes, não sei nada, apenas que devo pegar o leme e seguir, destemido. Devo fazer o caminho e faze-lo sozinho, de peito aberto, de pele ao léu.
Continua...

Sunday, June 24, 2007

Vestigios

Um casamento. Uma noiva. Música. Violinos e flautas doces. Apesar dos pesares, eu ainda sou um garoto a moda antiga e quero ver você entrando no lugar que escolhermos vestida de branco. Talvez seja em um campo na parte da manhã, ou em uma praia nao final da tarde com o por do sol. Imagina aquele sol se pondo com o céu vanila? Com certeza não será a noite como todos os casamentos. Nem poderia pois eu não sou nada convencional, nem você. Se acontecer na praia o convite poderia ser sandálias havaianas brancas, ou ainda aquelas com animais da flora brasileira como você gosta. Caso aconteça no campo...Caso aconteça no campo, eu não sei como será o convite. Mas que vai acontecer, isso vai.
* * *
Tenho pensado em sua palavras. Cheguei a conclusão que existe um bloqueio em mim em aceitar a independência, em buscá-la. Existe uma força que me prende, da qual eu preciso me desvencilhar para poder ser livre e voar.
Andei pensando ainda que existe as contradições, pois para fazer o que eu quero preciso de tempo livre, mas também preciso de dinheiro. Só que na maioria das vezes essas duas coisas me parecem incopativeis. Alguma saída?

Thursday, June 21, 2007

...

O difícil é sentir o vazio da vida depois de ter sentido o que é uma vida plena.

DESESPERO

Sem palavras, ou talvez, com palavras demais para dizer alguma coisa.
Perdido no espaço-tempo; aprisionado em um mundo imperfeito.
Dizem que o corpo se cria a partir da alteridade, mas não tenho alteridade afetuosa para me criar.
Desse modo o que me compõe são forças que decompõe os meus mundos extensivos. Decomposição como sabem é morte. É morte.
Wittgenstein ficou feliz quando soube que iria morrer.
Deleuze se atirou do décimo primeiro andar de um prédio.
Nietzsche ficou louco.
Van Gogh se matou.
Maiakoviski suicidou-se.
Fernando pessoa era alcoolatra.
Clarice Lispector morreu de câncer no útero.
Qual será meu destino menor?
Tristeza que me toma e corroe o meu ser. Já não sei mais se penso, se vivo, se quer, logo existo. Dor inviesade de um mundo por demais mediocre.
Palavras perdidas de um corpo inaudito que se perdem ao vácuo de uma vida precária demais, dolorida demais.
O ar que entra em meus pulmões me faz morrer de vida pela boca.

Wednesday, June 20, 2007

Sunrise -Norah Jones

Sunrise, sunrise
Looks like morning in your eyes
But the clock's held 9:15 for hours

Sunrise, sunrise
Couldn't tempt us if it tried
'Cause the afternoon's already come and gone

And I said hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?

Surprise, surprise
Couldn't find it in your eyes
But I'm sure it's written all over my face

Surprise, surprise
Never something I could hide
When I see we made it through another day

And I say hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?


And now the night
Will throw its cover down
mmmmm, on me again
Ooooh, and if I'm right
It's the only way to bring me back

Tuesday, June 19, 2007

Brincando de revolucionários

Uma plenária nacional está para iniciar. A mesa é declarada, fazem parte dela pessoas do partido PSTU. O meu mal estar é aparente; o movimento não era contra a a inserção de partidos políticos? Olho para um lado, olho para o outro, milhões de jornalistas, muitas máquinas fotográficas. Logo se inicia a plenária.

O Primeiro momento vem uma moça, a qual toma o microfone e pergunta para o presidente da mesa. Quem é você para falar em nome dos estudantes? Você foi expulso da ocupação por tentar violentar uma garota! Como pode estar ai querendo falar em nome de alguém? Nesse momento os sons eram apenas de vozes e flashs das máquinas fotográficas. Um prato cheio para mídia.

Iniciou-se o entrave partidário nojento. Pessoas que não sabiam o que estavam dizendo e que não tinham dimensão real do poder contra o qual estavam lutando. O show de horror continuo com os dizeres, o movimento está enfraquecido, não conseguiremos fazer com que os decretos caiam. Um pensamento passava pela minha cabeça: como eles querem mudar em um mês um sistema que é produzido a mais de 40 anos nas universidades. Mudar em dois meses tudo isso? Essa é a luta?

O show de horror continuou, mas sem a minha presença.
* * *


Plenária de Rio Claro após a ocupação. Outro show de horror. As mesmas questões: o enfraquecimento do movimento, a impotência diante dos decretos. As crianças revolucionárias falam da maturidade que ganharam na luta de ocupação dos grandes 28 dias e de como o movimento havia se desgastou. Agora vamos lutar pela pauta dentro da nossa universidade, pelas melhorias aqui dentro era o grito em comum. Até esse momento o diretor do IB Amilton não havia dado a mínima para a ocupação, ou seja, efeito zero.

A frase que não me sai da cabeça é "Perdoai-vos senhor, eles não sabem o que fazem". E não sabem mesmo. Sabem tudo sobre uma coisa: Decretos. Mas não sabe nada sobre lutas, sobre poder, sobre biopoder, e serão retalhados. As discussões seguiram até a madruga e continuaram na mesma batida, alguns até levantaram nomes de pessoas que tentaram fazer diferente, pessoas as quais já tiveram na luta anteriormente, mas que foram reprimidas, pois desejavam uma luta contra um bipoder, e não o poder que a maioria queria combater. Alguns nomes foram lembrados, e alguns se questionavam sobre o motivo de seus afastamentos.

Enfim, eles nada sabem sobre o poder, sobre biopoder, e de modo geral, não conseguiram o que desejavam. Agora se discute uma parada estratégia para as férias; nas férias não se faz luta, vamos para praia descansar e depois voltamos a brincar de revolucionários.



Monday, June 18, 2007

Por uma luta com outros sentidos

Caosesquizo e os piratas do caribe.

Ando em meio à ocupação, sem saber direito aonde ir, sem saber se abraço a causa, ou não. Eu ando em meio à ocupação com um olhar sempre enviesado, suspeito. Nesses últimos dias de caminhada tenho percebido uma relação entre os alunos em GREVE, os que ainda não se decidiram, ou aqueles que simplesmente repudiam a paralisação. Durante as caminhadas, presenciei algumas conversas, nas quais eram pedidas explicações a respeito do motivo da greve. Percebi, assim, que existe um problema conceitual diante de tudo isso, um problema que está relacionado ao pré-conceito que existe sobre a palavra greve.
Greve no dicionário significa uma recusa resultante de acordo de operários, estudantes, funcionários etc., a trabalhar ou a comparecer onde o dever os chama, enquanto não sejam atendidos em certas reivindicações. Parede é outro significado para greve. Esse seria o significado nos registros que a palavra tem, e que deveria ser tomado nessa luta que esses alunos decidiram travar. Contudo, o que acontece é que ao longo dos anos a palavra greve foi desgasta pelo seu uso, pelos resultados que propiciou e principalmente pelas significações adicionadas a ela pelos mídia. A GREVE hoje parece ter um significado de um movimento que está fadado ao insucesso, ao fracasso. Seria algo como o velho ditado popular, “Nadou e morreu na praia”.
Esse conceito de greve fabricado pela mídia está impregnado nas pessoas, está impregnado até os poros da maioria dos alunos que ao longo dos anos foram submetidos a essa visão. Então, quando eles caminham pelo campus, lêem os jornais, naquela palavra eles têm um sentido de fracasso, de algo que não adianta. Por esse motivo, é grande a resistência que a maioria dos alunos tem quando o assunto é a Greve. Para eles, o conceito é de perda de tempo, de uma luta que não levará a nada, a lugar algum, e essa sensação é a mesma que eu tenho quando leio a palavra greve.
Entretanto, sinto que este movimento é diferente de todos os demais. De todas as outras recusas. O acordo que se travou entre os estudantes reunidos nestas ocupações, as quais têm enlouquecido os burocratas, está ligado não somente à recusa daquilo que é imposto pelas instituições, mas a algo comum a todos e a todas: indignação. Por tudo. A ponto de fazer cada um e cada uma achar que vale a pena colocar a cara na frente das câmeras e trocar o conforto de suas camas pela estranheza destes espaços coletivos. Porque este movimento também se recusa a aceitar certa maneira de fazer movimentação estudantil, entronizada pelas entidades tradicionais de estudantes. Para estas entidades, tudo já havia sido definido. A maneira como devem ser feitas as assembléias. A maneira como devem ser feitas as ocupações. A maneira como devemos falar com os mídia. Pra nós, entretanto, as coisas vão mudando. Mudando ao sabor do almoço que preparamos em conjunto. Da ciranda que dançamos em conjunto. Do texto que escrevemos em conjunto. Dos cobertores que compartilhamos com cada um.
Por isso levanto nesse pequeno texto uma alternativa. Que criemos um nome para esse movimento. Ainda que ele tivesse as mesmas características da greve, que fosse a mesma coisa. Mas que esse nome seja outro, para que toda a significação feita até hoje se torne ineficaz. Eu diria para darmos um nome bem estranho, algo como Blop. E em parte eu faço essa coisa de dar o nome baseado em um ativista italiano, do qual não recordo o nome, mas que dizia: Tudo o que nomeio existe. Então, que esse movimento de mudança conceitual sirva para sairmos de uma rede de significados produzida por um poder, o qual significou em nossos amigos a sensação de uma luta vazia. Agora, que criemos um outro nome o qual esteja ligado à nossas significações, ao sentido que essa outra luta pode caminhar.

Saturday, June 16, 2007

Falta de sentido

Faz-me falta. Faz-me falt. Fazes me falta.
Mas se não me tratas com carinho, eu acredito caminhar sozinho.
Caminhar no vazio, sempre sozinho.
Faz-me falta. Fazes me falta.
Sem sentido, sinto sua falta.
SEm carinho caminho sozinho longe da tua alma.

Friday, June 15, 2007

Pensamento nômade

Esta semana por causa daqueles pensamentos sobre a metodologia da biopotência me embrenhei em meio a lutas de ocupação da universidade. Tenho que confessar que ainda entendo pouco da luta real, embora venha estudando o poder já a algum tempo.
Esse final de semana vou até a ocupação da USP, quero ver como estão as discussões.
Hoje estou com o pensamento de intervir. Pretendo escrever um texto pedindo uma mudança conceitual; mudar o nome de greve para blop. O que é o Blop, é uma palavra que não significa nada, e que pode ganhar os sentidos que criarmos.
Assim, provavelmente no final dessa tarde estarei indo em direção à ocupação da USP pensando em como produzir essa metodologia da biopotência.
* * *
E a vida vai se criando, lá onde ela é colonizada, chutada, escurraçada.
E vai se criando...
Constituindo-se...

Thursday, June 14, 2007

Outro dia, outros pensamentos.

Outro dia, novas possibilidades. Hoje vi o sol nascer no horizonte. Ele veio como uma bola laranja que pulava em um fundo vanila. A neblina ficava entre as árvores e eu de cima podia ver tudo até a linha do horizonte.
* * *
Estou lendo sobre a vida de Vladimir Ulianov. Ao mesmo tempo estou percebendo que a condição de precário não é restrita ao século XXI, e que no século XIX e XX ela ja estava de alguma forma presente na Russia. E se procurarmos encontraremos em muitos outros lugares.
Mas não é sobre isso que quero falar, é sobre o que o Vladimir me levou a pensar.
Na passagem da Russia czariana para a socialista o tal do Vladimir pensou ser necessária uma metodologia de luta e a criação de um revolucionário profissional. Para isso ele estudou o capitalismo, claro, dentro da prisão, e escreveu uma análise muito acurada desse sistema que se desenvolvia. Ainda não sei bem sobre a metodologia criada por ele, mas eu penso que o mesmo deve ser pensado para a uma luta biopolítica, ou seja, devemos pensar em uma metodologia da biopotência. Ainda não sei como, quer dizer ate tenho uma paisagem se delineando. Assi, penso que duas coisas devem ser instauradas para essa metodologia, primeiro a Multidão e conjunto a nossão de comum.
Eu penso essa metodoligia partindo do princípio que a luta e a teoria devam ser constituinte, devem seguir conjuntas formando uma rede de fios infinitos.
Vamos ver aonde isso vai.

Wednesday, June 13, 2007

...

Vai doendo e vai sangrando. E vai doendo, e vai sangrando.
E vai batendo e vai sangrando. Vai batendo e vai sangrando.
A dor é muito maior quando nos fazem sangrar sem ver.
* * *
Me dei tanto, nada recebi; tornei me vazio.
Como fazer para me preencher novamente.
Empty space.
* * *
A vida está mais parecendo um baile de Máscaras.

Tuesday, June 12, 2007

...

Não consigo parar, causaram o inferno em mim.
Agora sangro por dentro.
Quero me soltar ao vento...
Quero voar para um lugar desconhecido.
Onde não exista inimigos e que eu possa estar apenas com amigos.
Um lugar que eu possa caminhar na rua, sem ter que fazer bela figura, para preencher o desejo de um não ser.
Quero caminhar nas vielas, sem alma, sem trela, apenas num leve flutuar.
Lá onde dizem que o vento faz a curva e vida é nua e crua e hipocrisia não tem vez para tagarelar.
Malditos sejam os anjos, eu sou demasiado humano e o inferno é meu habitar.
Me solta, me deixei ir quietinho, quero caminhar sozinho.
Nessa merda que me transformaste, na magia que me lançaste, pela arte fui tirado.
O poeta me fez ver o meu valor, me fez esquecer a dor e assim posso levitar
Vou me embora, vou quietinho, vou deixar você no seu mundinho.
Já estou perdendo a hora...
vou me embora
vou me embora...

Intermitências da morte

Odeio quando as pessoas fingem se importar.
Odeio quando as pessoas só me procuram para dar conta das sua dores.
Escuta, aqui também dói, sangra.
Odeio quando uma pessoa não consegue se deslocar do seu mundo de cristal.
Odeio ter que odiar.
Odeio ter que colocar para fora a lama.
É tanto ódio que produzem em mim que não posso ficar com ele.
Pega ai de volta e saboreie a bílis que eu agora verto.
Eu não sou ressentido...
Deixo o ódio escorrer...
Deixo o veneno para você...
Eu vou caminhar no tártaro, mas vou caminhar de cabeça erguida com a graça de um adulto e não com a descoordenação de uma criança.
Não lambi o saco de ninguém para chegar a essa parte do inferno que cheguei.
Nem vou lamber; a tragédia é o que de mais bonito acontece em mim.
Esses laços vão morrer, pelo menos por hoje.
Se demora uma vida inteira para construir uma confiança e apenas poucos segundos para destruir.
Ouve o barulho do castelo caindo...
Ouve o mundo ruindo...
É só um segundo...
Nada mais...

Felisssss dias dos namorados!

Estou muito puto. Muito puto mesmo. Minha vontade é de sair para comprar cigarros e dizer adeus a tudo no melhor estilo anos 70-80. Odeio que as pessoas se façam de duas caras, e isso vem acontecendo em demasia. Eu vou estourar e jogar na cara, ou melhor, vou apresentar uma face para outra; uma que aprensentam para mim e outra que apresentam em outro lugar. Sei que isso vai causar um desequílibrio social no sistema, mas estou ficando de saco cheio dessa hipocresia. Do que tem medo de perder um homem que nada tem? Esse sou, uma pessoa sem nada, e por este motivo sem medo de perder o que eu não tenho. Agora entendo o meu mal estar, é que as pessoas vivem na disneylândia, na Celebreation, um mundinho de plástico onde tudo é lindo, cheiroso e perfeito, uma constância de felicidade; o verdadeiro American way of life. Eu, eu vivo na realidade, e aqui o buraco é mais embaixo e tudo é precário. Aqui há falta dinheiro e o amanhã é incerto como o tempo. Se coloca mais dinheiro em um lugar, falta no outro. É fácil falar com o futuro garantido, sentado em cima do dinheiro. Agora quando se tem somente a vontade de chegar em um lugar e para isso tem que se caminhar "sobre ovos"tudo muda de figura e o inferno queima. Então vai tomar no cú. Olhar para o rabo é fácil, difícil é ver a vida que as pessoas levam e como sangram para poder fazer o que desejam sem ter condições. Aqui não é disney não, é o inferno de Dante e o tudo pega fogo e vira pó a qualquer vacilo. Então FUCK YOU.

Os encontros nos aeroportos

Acabei de escrever um texto falando sobre os encontros em aeroportos que se perdeu pelas infovias. Sábado estive em um com a Cecília e hoje em outro com o Pedro. O de sábado me levou a uma reflexão teórica da qual pode nascer um texto em parceria com a Cecília, o de hoje me tirou um pouco do estado de descrença total que ontem me meti.
Foi uma pena ter perdido o texto. Estava falando da reflexão conjunta que tive sobre a relação do processo de subjetivação e o capitalismo. E da impossibilidade até o momento de se criar um modelo teórico de um processo de subjetivação que se mantivesse em fluxo sem cair em um modelo identitárrio. Enfim, chegamos a conclusão que um nó central está nos vinculose e que seria preciso uma mundaça neles. Agora estamos tentando retraçar toda reflexão para a produção de um texto.
Foi uma pena ter perdido o que havia escrito, mas quem sabe outra hora tudo volta?

Os encontros nos aeroportos

Hoje estou um pouco melhor, a discrença não é total. Eu precisei usar uns neorônios dispares para sair da rotina.
Estive no aeroporto para deixar o Pedro, fazia um tempo que eu não ia até um. A última vez que eu estive em um foi quando voltei dos EUA, e não sei se era a companhia ou o país, mas estava meio de saco cheio de aeroportos. Mas hoje foi diferente, senti aquela vontade de viajar, aquela sensação boa de estar em um aeroporto. O melhor foi saber que em pouco tempo embarco. Esta ida me deixou mais animado tanto para a minha viagem, quando para o meu dia-à-dia, quando cheguei em Rio Claro tudo parecia mais colorido. Agora estou aqui arquitetando as coisas a fazer e me organizando. Vamos que vamos.
* * *
Estou escrevendo um texto em conjunto com a Cecília. Tudo começou em uma reflexão no aeroporto no sábado - Pelo visto muita coisa anda acontecendo nos aeroportos -. Entramos em uma discussão sobre processo de subjetivação e as políticas de subjetivação que o capitalismo faz sobre ele. Depois seguimos a pensar como seria um processo de subjetivação sem controle do capital, em fluxo imantente. Chegamos a conclusão que ainda não deve haver nenhum modelo teórico para isso. Não sei dizer se isso é bom, ou se é ruim, mas de argumento em argumento chegamos a um ponto nevrálgico. O modelo identitário nos pega pelos vinculos, é nessa relação que estamos sendo produzidos. Agora nos lançamos a retraçar esse caminho reflexivo que nos fez chegar a essa conclusão, um trabalho de escavação da memória; veremos onde chegamos, mas confesso que estou empolgado e algumas pessoas como o Romualdo também.

Monday, June 11, 2007

Estado de Descrença total.

Meu estado de crença em relação as mulhes está no seguinte nível: metade não presta e a outra metade presta menos ainda. Eu vejo que amigos que namoram e confiam em sua namoradas mais da metade foi traido e não sabem. Por que eu deveria acreditar? Vejo que eles fizeram esforços, assim como eu, escreveram coisas bonitas e apaixonadas, assim como eu, e foram totalmente desconsiderados. Por que comigo seria diferente? Minha sensação, assim como a deles, é de escrever e falar para as paredes. Minha vida tem sido a de fazer, como diz-se em italiano un culo per andare nell'autro lado del mare, mas será que assim como meus amigos não estarei eu totalmente errado, porque tenho motivos para crer nisso. Olhando para a situação atual, com o aparecimento das Alfa-girls, fica dificil acreditar em uma mulher. Elas quiseram igualar-se tanto ao homem que alienaram-se de si mesmas. Hoje, quando vamos em uma balada ficamos contrangidos ao sermos abordados por uma garota nos xavecando, ou literalmente como um homem, chegando ao nosso lado e dizendo: sabe, eu só queria te pegar! Assim fica muito fácil ser solteiro para o resto da vida, basta manter o corpinho e o rostinho em dia. Descrença total sim. Uma leitora desse blog não se enquadrará nesses aspectos que eu estou falando, e eu sei quem ela é, Miss clown. Mas dona palhaça, você sabe muito bem que isso tudo que eu disse é verdade. Por que eu deveria acreditar, por que deveria eu ir contra todo um tsunami, uma vez que embarcar na onda seria muito fácil? Você mesmo teve muitas chances quando morou em Londres, e mesmo em hell, mas sempre se manteve firme ao seu amor. Mas lamento, minha sensação é de total descrença hoje e a pergunta que eu faço, por que eu remo contra a maré quando tenho motivos para me esbaldar a favor????

através

Vida, vida. Vida que vai, vida que volta, às vezes enrola. Hoje estou perdido, mas não é um perdido total, é um perdido achado. Eu sei que vou e sei o que quero fazer.
* * *
Um certo mal estar toma conta de mim hoje; talvez tenha sido o deslocamento do feriado. Voltar para casa sempre me é algo estranho. Quem sabe desse estranho não nasce algo novo, diverso.
Mas é assim, a diferenciação, logo entro em uma outra estabilidade e essa estabilidade se torna meta-estabilidade e vamos vivendo nos fluxos.
* * *
Ando sonhando até pelos cutovelos. Disseram-me que isso é muito bom pois demosntra um fluxo entre incosciente e consciente. Mas se ando sonhando com você quer dizer que nosso amor é saudável para mim? Você caminha de um lado para o outro com passos de bailarinha, vai colocando fluxo, cadência, ritimo, constituindo um espaço tempo a cada deslocamento.
* * *

Wednesday, June 6, 2007

Jardineiro Fiel

Um dia a mim foi dada a tarefa de guarda uma alma, não sabia se era digno de tamanha tarefa. Sem pensar aceitei. Peguei aquela alma nas mão como se fosse a minha própria. Dia a pós dia busquei levar a ela luz, assim acreditava que como os girassóis ela pudesse se desenvolver com graça e movimento. Os primeiros raios de luz a ofuscaram levando-a a uma perda momentanea de sentido. Após algum tempo ela parecia iniciar a absorver as ondas de luz. Alguns dias foi impossivel levar a luz até ela, pois se escondia em uma escuridão tão densa que o ar molhado por lágrimas difundia toda a luz. Passaram-se meses, anos, cada pequeno raio de luz que a ela chegou permitiu um crescimento, a recuperação de uma cor, de um brilho natural. Hoje a alma não habita mais a escuridão, ela se transformou em um lindo sol brilhante em um céu azul. Da escuridão aos céus. A ela não há garantias que alguns dias serão nublados, mas o que importa e que ela nunca deixe de brilhar.
Frio, o mar, por entre o corpo fraco de lutar. Sigo sem saber para onde vou, ou sabendo muito bem para onde vou. Sigo de braços abertos e olhos fechados sentindo o rítimo da música. Acreditando que alguém pensa em mim, que alguém sonha comigo. Uma pessoa que não perdeu o carinho e o amor, a qual sabe muito bem o que quer e jamais desistiu. Para sempre é uma palavra dura, ou uma palavra sublime? Prefiro eterno pois todas as minhas ações são eternas e o para sempre, sempre acaba como dizia a canção.
* * *
Estou indo, deixando que a incerteza tome cabo da minha providência. Claro que não é uma incerteza total, é uma incerteza certa, aquela que permite a vida desenvolver, cria fluxos. Será uma outra experiência. Eu estarei na porta de entrada da terra do nunca. Alguém já se deu conta disso? La estarei eu esperando o pó mágico para seguir a esse mundo encantado que é meu. Londres é apenas a porta de entrada para o infinito. Eu vou entrar, mas jamais me afogar. Nessa terra a única coisa certa que tenho é o amor. Será amor eterno como a terra do nunca?
Um amor de outro mundo que nunca envelhece, que sempre se renova como a graça de uma criança e a clareza de um adulto.
* * *
O ar que adentra os meus pulmoes me faz morrer de vida pela boca. É a vida entrando e se expandindo por cada célula viva. Esse ar já foi cinza e cheio de veneno, mas uma bruxa palhaça fez uma mágia em um dia de lua azul e limpou tudo permitindo que eu pudesse respirar. Sim, agora eu respiro, agora posso ver um pouco mais longe.

Saturday, June 2, 2007

Aquela Fantasia de baile.

Peter Pan pode até ter sentido alguma coisa em relação a Wendy, mas sinhinho sempre esteve a seu lado. Ela sempre foi a luz que o guiou pela terra do nunca, a luz que o permitiu voar por toda Londres até chegar essa terra encantada.
Sininho, a mais bela de todas as mulheres. Embora possessiva e com um gênio difícil, ela sempre foi fiel a Peter Pan.
Peter não teve linhas o suficiente na estória para perceber o seu amor por sininho.Contudo,
ontem a noite eu dei a ele mais vinte páginas com muitas linhas e assim ele descobriu que a estória termina com seu eterno amor por Sininho, sua eterna felicidade.

Qual será meu problema?

Escrever só tem sentido se tivermos um problema a ser resolvido.
Qual será meu problema?

Friday, June 1, 2007

palavras, pensamentos, inconsciente, você.

Tenho vontade de escrever a cada vez que penso em você. O que me acontece?
Escrevo, penso. Definitivamente meus pensamentos estão com você.
Palavras, palavras que fluem; amor que não se aguenta.
As lembranças de seu corpo e seu sorriso são muito vivas em mim.
Me falta ar, me falta você.
Não sei escolher palavras bonitas, sou precário, somos.
Mas escrevo por vontade, sem controle, sem pensar.
Deixo sair de mim o que mexe com meu entre.
Entre atos, entre tempos, entre amores; entre eu e você.
Quero andar de bicicleta com você. Quero ver o por do sol. Quero fazer pick-nick.
É tanto querer...
Querer que não se aguenta.
Um dia duvidei que te amava, mas descobri que amava, mas não com o amor carnal; te amo com amor sublime, com amor puro, amor que não se apaga, que não se esquece. Não é amor de posse, é amor de cuidado, de compartilhar; amor eterno.
Um dia parei e fiquei tentando em vão pensar em uma mulher que fosse tão maravilhosa quando você; Desisti.
Conclusão, você é insistente, mas imbátivel.
...
...
...

Monday, May 28, 2007

Variations of something

Sonho com você. Minha vontade é de dormir o tempo todo, assim poderia estar contigo mais e mais. Mas não tem problema, você está aqui dentro de mim e não importa o lugar que eu estiver, lá de algum modo você também estará.
Tenho pensado em uma vida estruturada, pensado no futuro, e pensado mais no presente para construir o futuro que eu desejo.Tudo me parece meio confuso.
Nos meus sonhos eu já seria casado com uma pessoa maravilhosa, teria um emprego e uma casa confortável. Por enquanto só tenho uma pessoa maravilhosa. Mas esse sonho era burguês demais. Agora penso mais em como eu vou viajar por todo o mundo com essa pessoa.
Viver cada dia, criar saídas para sermos livres, mas vamos, vamos nos seguindo sem saber onde tudo vai parar, mas vamos juntos.

Thursday, May 24, 2007

Devir água

Eu pulo na água, meu corpo resfria um pouco. O ar sai dos meus pulmões em forma de bolhas. O silêncio me toma. Fico submerso por um tempo e olho para o azul a minha volta.
Braçadas e abraços
Vou seguindo com a força do meu próprio corpo, braçada após braçada, pernada após perna.
Uma virada, outra virada; um revés.
Braçadas e abraços
Eu e água em comunhão, nos tornando apenas um. Inspiro, expiro; faço bolhas.
Nado mais rápido, querendo chegar ou voltar com velocidade.
1000-1500-2000-2500-3000-3500-4000 metros
Vertigem que me toma.
Água quente; o suor silencioso flui do meu corpo.
Você já sentiu o suor silencioso?
Braçadas e abraços.
Vou voando pela água. Vou como um golfinho fazendo ondas, marolas. Serei eu um golfinho ou maroleiro?
Braçada após braçada vou chegando mais perto de mim, vou meditando sobre mim mesmo, sobre minha vida.
Já não sinto mais meu corpo e nem percebo meus pensamentos, tudo branco.
Corpo quente, água quente, como se houvesse submergido do liquido amniótico, do útero materno; eu renasço.
Braças e abraços
Eu em comunhão comigo, com o outro e com o mundo, renascendo a cada encontro.

Seguindo.. Velas ao alto, vento soprando . É chegada a hora de enfrentar o mar.

Diga-se de passagem que não tenho o que escrever. Se tenho são apenas lembranças tortas que me rasgam por dentro e fazem o sangue verter para fora. Que venha então o sangue.
Logo cruzarei o atlântico, buscando algo ou fugindo de...
Mudanças a vista, outros mares a serem navegados e terras a serem redescobertas.
Ele me disse que eu tenho coragem para cruzar o cabo das tormentas, mas não disse que isso aconteceria todos os dias.
Sim, sou pirata, uso brincos em ambas as orelhas; sou pirata de corpo inteiro. Contraventor por natureza.
O mar que eu viajo é de sangue, sem porto a vista, sem sol no horizonte, apenas um céu de vanila que em intenso movimento se decompõe e recompõe a cada segundo.
Minha vida é marcada por muito força, muita vontade de potência, até em minha depressão existe uma tal força de vida-morte que me assusta.
Eu morro. Eu busco a morte, pois o instante seguinte é sempre de nascimento.
Eu renasço como uma Fênix, vindo direto das cinzas, dos fragmentos.
Renasci, e agora vou me seguintdo, seguindo sem saber onde eu vou parar, ou em que morte vou parar.

Wednesday, May 23, 2007

Calvino, Nietzsche e outros desdobramentos.

Dois livros vermelhos; vermelho paixão.
De um lado o italiano, do outro o alemão.
Vermelhos! Mas como assim vermelhos?
Páginas autobiográficas de Italo Calvino;páginas reveladoras de Friedrich Nietzsche em Genealogia da moral.
Agora eu me torno Calvino e Nietzsche, vermelho ao mesmo tempo.
É um vir a ser que não tem fim.
O que estará porvir?
Devir! deve-ir?
Ir para onde?
Vermelho, sempre vermelho.
Como os corações pintados em quadros, carregados por peixinhos de um mar sem fim.
SEM FIM.
Mar sem fim...
Corações sem fim...
Vermelho sem fim...
Sem fim...
Amor sem fim...
Eu sempre fui vermelho.

Tuesday, May 22, 2007

Palavras empilhadas

Noite fria, noite vazia.
O que serei eu? Um homem ativo, ou um homem reativo.
Corpo cansado, corpo que não se aguenta.
Viagem de busca; busca de vida. Vida Plena.
Garganta apertada, ar que falta. Onde foram parar meus pulmões?
Aqui me falta vida, aqui me sobra vida.
Matemática infeliz de uma vulga lei divina.
213
Que diabo é esse a me questionar sobre minha vida.
Para sua resposta não sei se viveria.
Para a minha resposta, está na hora de eu produzir minha própria vida.
Então feche os olhos que eu vou cortar o cordão e irá sangrar.
É chegada a hora...
Devo partir.

Saturday, May 19, 2007

AMOR!

O que importa é que eu amo você Belina!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Wednesday, May 16, 2007

...

Remember when we were angels...
A vida vai, ela vai piccola, vai para algum lugar. Nós vamos a cada dia tentando dar um rumo para ela. Uma biografia quando se faz é a certeza que estávamos com a vidas nas mãos e que saímos de um lugar onde não queríamos mais ficar e chegamos, mais ou menos, a outro que desejávamos.
Uma biografia não é feita sem a dor e as portas que bateram na nossa cara, mas também é feita de muitas outras que se abriram diante de nós e permitira a potência de vida aumentar, aumentar.
* * *
Meu barco navega. Talvez ele vá a deriva, sem rumo, sem porto, vivendo das incertezas da vida.
Meu barco navega, pega ventos gélidos que às vezes congelam os meus mastros e leme.
Meu barco navega e não importa o curso, pois já não existe porto seguro onde chegar e se o encontramos é porque estão nos iludindo ou nos estamos nos deixando iludir.
O meu barco navega a deriva...
navega...
navega...
E, enquanto o vento sobrar, haverá vida...
Enquanto o vento soprar...
Enquanto você soprar...
E se não soprar, que rememos com os braços e fazemos então a vida com o sangue que escorrer.

Tuesday, May 15, 2007

Outras biografias de outros mundos!

Minha biografia era sobre o grupo reflexões e as pessoas que conviveram comigo nesse núcleo de loucura. Estou dizendo isso porque algumas pessoas importantes para mim e vice-versa, devem estar pensando por que eu não estou ali. E eu responderei, porque vocês fazem parte de uma outra história do Michel.
Miss Clown, Thiago bomba, Jú, Má, Leandro, Vitinho Cézinha, Guz, Chambinho,Cris, Maurício...
Vocês também fazem parte de mim, em uma história de afetos pelo que vivemos juntos e que está aqui dentro de mim!
Amo vocês!!

Saturday, May 12, 2007

fragmentos de uma autogiografia

Não saberia por onde começar uma biografia minha. Talvez fosse interessante dizer sobre minha infância, na qual tudo começou mesmo eu não sabendo. Por volta dos 10 anos meu tio me chamou para assistir um filme, pasmem, era Laranja Mecânica do Kubrik, nem preciso dizer que essas imagens estão impregnadas em mim, depois do Kubrik vieram outros e outros. Ele sempre fomentou minha curiosidade.
Mas ainda preciso voltar um pouco, antes do meu tio tinha meu avô, que foi tão importante como meu tio. Ele também mexia com minha curiosidade, e fazia realidade das minhas imaginações. Ainda lembro quando ele me fazia colocar meu dente de leite no buraco da formiga para ela me trazer dinheiro.
Essas duas pessoas em suas simplicidades plantaram o desassossego dentro de mim.
Depois dos 8-10 anos passei a viver em ambiente burguês, algo lá dentro gritava dentro de mim que era um mundo fictício, mas não sabia o que gritava.
Até os 14 anos minha vida estava encaminhada para reproduzir a mesma que meu pai levava, proletário forte, submetido a um regime de trabalho que como diria Negri, Spaca la squiena (acaba com as costas, com a vida). Entrei para o Senai, passei a estudar a noite, meu objetivo era o de ser um Eletricista. Mas com o passar do tempo meu pai passou a ser o chefe do mais proletários, e com um milagre conseguiu abrir uma empresa. Lá fui eu do Senai para um colégio particular, afinal meus pais não queriam que eu tivesse a mesma vida que eles tiveram.
Quando entrei na universidade ainda estava com o burguês incorporado, mesmo tendo aquele garoto arredio que contestava tudo. Na universidade nada me entreteve, os professores ficavam reproduzindo aquele discurso “o que é bom é dinheiro no bolso” e eu mandando todo mundo tomar no cu.
Eu não conhecia muito do mundo, era um garoto provinciano, de uma cidade, ou melhor de um Feudo. Quando comecei a namorar a Flávia, que todos conhecem, minha cabeça começou a abrir. Ela era uma menina que vinha de uma cidade diferente, de uma família com muita cultura e mostrou para mim que a vida, que o mundo, era muito maior do que eu conseguia ver. Com a Flávia surgiu a vontade de sair do Brasil, de conhecer outros mundos, o apoio dela sempre esteve incondicional para eu me torna potência.
Com o passar do tempo fui ficando mais puto, o corpo já não agüentava tanta mediocridade. Por algum motivo a Pscanálise, os mistérios do insconsciente me atraiam, era nesse meio que queria estar. Foi quando apontei para o único lugar no qual poderia desenvolver esse meu lado, que era a psicologia do esporte. Mas ao estudá-la percebia ocontrole da mente que ela fazia, mas meio preso aos dogmas universitários não conseguia deslocar.
Quando terminei o curso estava putissimo, queria fazer o mestrado para poder fazer algo diferente de toda a merda que haviam me jogado. Fui barrado no mestrado por duas vezes, alegavam que eu não estava preparado o suficiente. Foi quando empreendi uma busca pelo conhecimento sozinho, decidi sentar o cu na cadeira e ler os livros, pois não me achava tão medíocre a ponto de não poder conhecer alguma coisas dos livros.
Comecei a estudar as ciências, como foram constituídas. Era como caminhar no escuro.
Quando estava em uma festa do Charlie, pois ele havia conseguido a bolsa da Fapesp, conheci o Romualdo. Estava lá e comecei a meter bala, dessas nervosas que eu disparo, comecei a falar dos professores de merda que havia na universidade e tal. O Romualdo pegou meu e-mail e disse que me escreveria. Juro que pensei se tratar de mais um caso daqueles em que o e-mail seria lavado junto com a calça pela empregada no dia seguinte. Para minha surpresa, na manhã seguinte, lá estava na minha caixa de e-mail a mensagem do Romualdo marcando o encontro comigo.
No dia do encontro cheguei lá e falei da Psicologia do Esporte, do que eu até aquele momento havia feito e estudado, foi quando o Romualdo disse que não poderia fazer muito por mim nesse campo. Como aquele ultimo suspiro soltei a frase que estava dentro de mim; Na verdade só entrei nessa pq queria estudar sobre a Psicanálise, então tudo mudou. Logo o Romualdo me passara um texto da Suely e minha vida acabava tomando outro rumo.
Entrei no mestrado, me tornei mais arredio. Passei a ler coisas que pareciam terem sido escritas para mim. Elas davam linguagem para todo esse mal estar que havia no meu peito há anos. Suely, Deleuze, Negri, Guattari e por ai a fora. Em pouco tempo eu havia me tornado maldito e todos no mestrado me odiavam, nem preciso dizer que eu adorava isso.
O mestrado foi muito bom, pude ler todas essas coisas que eu gosto, alem do que pude viajar para Itália.
A Viagem para Itália eu devo ao Pedro que fez uma política dos infernos na Geografia. Efui eu lá com um projetinho no dia seguinte mostrar o porque eu poderia ir para Itália, mesmo sendo da Educação Física. Poucos meses depois, lá fui eu. A vida na itália me ensinou muitas coisas, pude ver outro mundo, outra língua, outra cultura; pude me compor de outras subjetividades, além de ver o Negri e o Marc Auge e falar com o pessoal do Tutti Bianchi e dos movimentos de maio de 68.
Essa viagem para Itália me rendeu também a viagem ao Equador, que e também foi um outro mundo.
DO resto não preciso me alongar muito, você me conhecem e dividiram comigo tudo isso.
Mas isso é minha vida que escorre.
Agora se eu fosse fazer uma cartografia de mim mesmo, que foi o que fiz da outra vez que sumiu. Eu Ia falar de como eu me tornei cada Reflexivo, como cada um de vocês. Silvio, Pedro, Rafa, Max, Renan, Vitor, Jundiaí, Chuwbaquinha e outros fazem parte do que eu sou. SE eu sou esse cara que sabe mais ou menos alguma coisa é por vocês e pela Flávia que sempre me incentivou!

ABS


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