Monday, December 31, 2007
De-lírios de novos anos!
Lá vem o ano novo! Novo em quê? As histórias se repetirão como se passado fosse e o planos sempre ficaram para o futuro. Posso ser eu um pessimista?
Contudo, outras histórias não se repetiram e algumas vidas estarão cheias de impossíveis a acontecer por entre os meandros do tempo que não se cala.
Nunca fiz planos para o futuro. Se um ano outro chega, vou deixando que minha vida se constitua, e assim, fluindo de acordo com as linhas de força que cruzam meu corpo fazendo da existência eterno devir.
Eu me perdi. Me perdi à tanto tempo que se um ano novo chega, de novo nada tem para mim; ainda estarei perdido. E mesmo que eu chegue perto de me encontrar, faço questão de me perder de novo. Por alguma razão não quero me encontrar. Mas quero encontar vocês, quero revê-los. Quero sempre encontrar um outro que me de potência.
Um ano novo vem por ai. No ano passado muitos se acharam, se acharam tanto que podem ver além do futuro; já sabem até mesmo o que vão produzir no eter, etéreo, no eterno retorno. E eu continuarei perdido. E perdido que sou, me perdi de outras pessoas, ou elas se perderam de mim. Olho para suas faces lisas e perfeitas, mas que já não carregam o brilho do olhar, pois este foi ofuscado pelas dores da vida.
A perdiçao do pós-ultra-hiper-moderno. Tempo de todos e de ninguém. Tempo sem tempo.
Minha vida de Peter pan me custa caro. Minha dor é maior quando vejo as pessoas perderem o brilho de criança e amadurecem-se como a maça na árvore do édem. E como a maça, ao invés de serem comidas por uma Eva ou Adão pecaminoso ainda em seu pleno brilho, preferem apodrecer e cair ao solo. Não, não! Se escolhesem cair e adubar o solo seria uma escolha mais justa. Mas não, elas caem porque sucubem, não aguentam carregar sua própria podridão e querem dar o que estou ao solo mãe.
Palavras tristes as que carrego hora comigo. Mas são palavras que podem delirar.
Olha o canto dos pássaros la fora. Sua cor de arco-íris encanta o céu azul no qual flutua o meu travesserio ao avesso. Ver a cor de seu canto e escutar suas penas amarelas-alaranjadas é possivel a quem delire o verbo. Será que o pássaro lá fora anseia pelo "Novo Ano"'?. Será que ele está ansioso para saber qual será o seu futuro? Para o passáro o sol nasce a meia noite e se põe ao meio dia. Meio dia como o pico de seus sonhos e desejos até ele entrar em um fluxo-vento e voar para longe.
Antes de terminar o ano, uma aranha presenciou o meu banho. Me viu nú, quase antes do fim do ano a aranha me viu nú sobre o chuveiro. Será que ela estava esperando o ano novo? Mas esperando o ano novo no chuveiro? Fez a aranha seus planos para 2008? Eu até a questionei, mas ela não me deu palavra e logo sumiu. Chego a pensar que os "bichos" tem mais a me ensinar que os humanos.
E vem o ano novo dos humanos, cheio de planos para o sucesso, cheio de dinheiro, verdadeiramente cheio da mais lindas, belas, ilustrosas, faiscantes, almejantes, desejadas E-S-PE-RA-NÇ-A-s.
Em 2008 tudo será diferente, diz a propaganda! E eu pensava que todos os dias tudo fosse diferente. Mas quando termina um ano, um ciclo de sofrimento ou alegria, logo em seguida tudo recomeça para ser um ano diferente. Será que alguém é capaz de fazer um outro ano igual? Acorda a mesma hora; refazer todos as coisas na mesma ordem; repetir as mesma palavras e fazer com que todo o mundo se repita do mesmo modo. Tarefa impossível. Ano que vem será um outro ano e nada se repetirá, tudo será outro.
Mas ainda estou longe do delírio. Comecei com o Ano Novo e precisei parar para escutar o outro.
Vou parar porque ainda não consigo o delírio. Mesmo que eu coma nuvens, beba ar e viva em meio ao céu, este que me parece mais um inferno, ainda estou longe do delírio. Agora estou com muito calor vou ver se o meu chuverio-margarida solta água quando eu virar usa folha-tornerira. Voce pode imaginar uma gigantesca margarida como chuveiro e a sua folha como torneria? Depois vou me enxugar com folha de bananeira e tomar um suco no como de Lírio. Enfim voltamos ao de-lírio.
Até 2008,
caosesquizo.
Friday, December 28, 2007
Tuesday, December 25, 2007
Tempos desprovidos de delírio.
Preciso mudar o verbo, recria-lo. Porém, dobrar o verbo é dobrar o corpo. Nesse movimento sangra-se, passa-se a beira da morte ali aonde o rio faz a curva.
Nao sou a criança que muda a funçao do verbo, sou o esquizo que desinventa letras que navegam em um mar nas alturas. Um adulto que dorme em travesseiros de nuvens e cama de águas-vivas. Sim, água-viva, áquela que escorre desforme abrindo linhas de impossivel.
Nao sei onde quero chegar, minha vontade é apenas de dobrar as palavras como um origami.
Eu deliro sobre o verbo para que ele possa nascer esquizo como as noites de aurora boreal. Esquizo sobre mim mesmo, para que eu possa nascer como o verbo em delirio pela vida.
michel de Barros e Manuel Calis
Saturday, December 15, 2007
let it die
I am too abstract.
Definitively, it is not my world; science is not my world.
Tired.
Six months and my project is already abstract, too abstract to apply for funding.
That is not my world.
I am living. It Is time too say good bye for so many things. It is time to let behind the wor(l)ds I never found.
Seasons walk on by.
I need to let all this things behind.
Once somebody told me that what matters is who I have been dreaming for to be (Even english I could not learn).
Now the dreams is over.
Even if there is a small light inside my body, which one do not want let me, it has to die.
It makes me want to die.
Accept the tragedy, the fact it is beyond of my capacities. I am not even human.
I m living the history and going to life.
Sunday, December 9, 2007
We almost finish
This week was nice because Chubaquinha has arrived and the goldsmith college lectures was amazing. First we met the Autonomy group and second because Suely was here giving lectures.
The Suely's lectures were great, but more great were our dinner together. She said to me a lot of things like what are her next year plans, what she is thinking theoretically and about my project.
The best thing were listen Suely talking about how I arrived at Puc and How Romualdo is working to PT mayors.
tha's it...
my best regard
and fuck you
Tuesday, December 4, 2007
This is gonna blow!
Disquiet! Odd! That is who I am.
I'm trying to find, trying to find.
I lost some words behind, some words that I could never found.
This gray world is not for me, maybe for somebody.
Nothing.
Nothing.
No meaning.
No time.
Nonsense.
Not you.
You are already dead like a stuffed cat!Have you been stuffed alive.
Madness.
Uncreate. Disinvente.
No meaning poem or to much meaning poem.
No side.
Great life without body.
Stop to eat and start to embody. Stop to live and start live.
All the future lines running fast to empty children, killing youth with easy listening.
Remember: god speech just sustain illusions.
I have been lost from time to time.
See you
Sunday, November 25, 2007
about nothing
Friday, November 23, 2007
I, I, I...Ego.
Saturday, November 10, 2007
...
* * *
I lost my madness. I want to be crazy again. I don't know how I became a normal person.
This world has no meaning for me. My wish is have words like Nietszche...
"I know my faith. One day my name will be associated with something tremendous, a crisis as not equal..."
What I got? Words without meaning, without any sense, unfinished projects and fragmented thoughts.
I need something different, something from the heights, rarefied air...
Unfortunately, I'm human, too human...
Wednesday, October 31, 2007
National Gallery


It was an amazing day. National Gallery is a place to be enjoyed and I will be there always.
Saturday, October 20, 2007
no meaning
Maybe, the blood which flows is like the rain described by Silvio. Or Not, it looks like more a storm that never finished. Blood. Bleeding. Outside there is a meaningless world. There is a world by control of which is produced by its details. No, no, we are not saved, in any where. The death can arrive any time and scoop us to nowhere. Yes thats the life, and its finishing each second that in the capitalist clock pass. Its cold outside, cold like most of the people around the world. They lost their affection, they have became a zombie which follows blindly the heaven.
I born in the hell, surrounded for ghost and now I am living on the top of the heaven. Leaving as a beggar who ask about one single life meaning. Such disgusting world.
am I leave or I am already dead?
questions
Tuesday, October 16, 2007
Dream about Nietzsche: angle alpha - 10 exact point Nietzsche
Friday, October 12, 2007
From Cardiff
I already talked to Dimitris and the things seems ok. He is doing everything to my admission to the University.
Today Im' working on the project. I must be a very good project to Dimitris persuade the Head (fat cat) of the social scholl that my presence in Cardiff is good to them.
Ok, some lies are necessary.
Is all fellas
tomorrow I will right about everything!
tears
Monday, October 8, 2007
My sadness comes from to some occursus broken. I have met a lot of people here in London, most of them only have crossed my life, but there are others who have left traces in my subjectivity. When these people, in these occurs of which had brought me potency, had to leave, it was hard because it is not only a loss of bodies. It is loss of good affection. When I know somebody is leaving my heart and my neck become overwhelmed. It's impossible to seize a teardrop.
Other things have overwhelmed my entire body too, taking off my freedom, my potency. Therefore I still don`t know which thing is this one.
The fact is that I m missing my friends, the good occursus and I don't know how to manage my losses.
Sunday, October 7, 2007
Sadness about a leaving
My sadness come from to some occursus broken. I have met a lot of people here in London, most of them only have crossed my life, but there are others who let traces in my subjectivity. When these people, in these occurs of which had brought me potency, had to leave, is hard to me because is not only a lost of a body, is a lost of the good affects. The days in which I know somebody is leaving my heart and my neck become overwhelmed. It's impossible seize a teardrop.
Other things have overwhelmed my entire body too, taking off my freedom, my potency. Therefore I still not know which thing is this one
The fact is that I missing my friends, the good occursus and I don't know how to manage my losses.
Tuesday, October 2, 2007
just another day
I could be at the hospital today, now. A car almost hit me;I did that stupid thing: look left, look right. I should look right first. The car hit me, but it didn't let any ruin.
I wake up strange, my day get worst at afternoon and it almost finished at the hospital.
Tomorrow I will buy a good bottle of wine. I will drink it alone and after I will spend my time at one museum or talking with some strange.
cycling trivialities.
I am missing something. Maybe scream at horto florestal. Paint a wall. Some kind of art.
No philosophy, no psychology, just life.
It's been a month since I read these kind of books.
Struggle
live me alone
bring me life ...
Saturday, September 29, 2007
Thursday, September 27, 2007
Thoughts flying
Follow the Music ADRENALINE
You don't feel the pain...
Too much is not enough
Nobody said this stuff
makes any sense
We're hooked again
The Point of no return
See how the buildings burn
Light up the night
Such pretty sight
[Chorus]
Adrenaline keeps me in the game
Adrenaline you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline
(You don't feel the pain)
Sail through an empty night
It's only you and I
who understand,
There is no plan
Get closer to the thrill
Only time can kill
What's in your eyes
Is so alive
[Chorus]
Adrenaline keeps me in the game
Adrenaline you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline
Run through the speed of sound
Every thing slows you down
And all color that surrounds you
Are bleeding to the walls
All the things you really need
Just wait to find the speed
Then you will achieve
Escape velocity
Too much is not enough
Nobody gave it up
Im not the kind
To lay down and die
Adrenaline
keeps me in the game
Adrenaline
you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline
Adrenaline
Screaming out your name
Adrenaline
you don't even feel the pain
Wilder than your wildest dreams
When you're going to extremes
It takes adrenaline
(Adrenaline)
You don't even feel the pain
You don't even feel the pain
I'm going to extremes
There is nothing in between
You don't even feel the pain
Monday, September 24, 2007
He wrote, you wrote, they wrote.
THis point lead us to think that we are all others but in some way, in essence, the same. If I am abnormal person I had to thank my friends, because they make me special, and every single line of thoughts that I write become from them too.
michel
Ps: I like Vitor poetry too.
Friday, September 21, 2007
For an important person in my Life, The criator of enemasofia!
The life has not been easy for you. You passed for a lot of hard experience, the worst one was you father lost, who was a great person. He got a great heart and in his simplicity he knew what was affect, eventhough all problems.
Now you grown, you became a man. Inteligent, the world is opening for you each minute. You entry in a public university, in two, and prove to all the people around that you could.
The next year we will be too much better. I am sure that we will travel around Latin America, after this, I want you come to stay in London with me for a while, and maybe make your master degree here too.
All I want to say you is that I really admire you... And you got my love and respect.
Happy Birthday My soul and blood brother.
my bests
michel
Friday, September 14, 2007
Sunday morning
Ok! This week was pretty well. What Can I say... Some discussion have warm a little up my home.
I always believed in the economic principle, which means that when we change the money one part goes from one hand to another and no more money could be produced if you don't put gold in a bank. I think it because I have been Reading Engels and Marx works and I've always believed in the material basis of the money. It means that all money in the world corresponds in a piece of gold in the mundial bank, which means dollar after the Bretton Woods Trade in the 40's and the 29 crisis. So, the Mundial Bank has or should has, gold enough to support the changes. But remember, only the work can produce richness the explotation! Somebody can help me to understand it if I am wrong?
About the travel...
Sabrina send me a e-mail and she told me that she got a kombi. Can you believe?
Vitor will track the road that we can do around South America. We could go and help people in the places that we stop. So, slowly we wanna set all the things up guys.
No to much to say...
See you sonn
Friday, September 7, 2007
Thoughts
Life here is normal. I am a regular english study guy, that had been lived a little bit.
Not to much thing to write guys, not to much. No crazy parts like we used to do; no beautyfull crazy girl trying to kiss me; nobody to talk about my insanity, infact our insanity. I love you all guys. I missing my thought freedom with you.
I have been lived with five girls, but you know, all of who doesn't know about freedom. They live in a jail. So, Max, no crazy poems, no crazy conversation, nothing to share. I have been watched many movies, but on my own; they prefer blockbusters. That's it.
My last meeting with Dimitris was, like silvio used to say, an possibility ocean. He is interesting in my crazy thoughts. I think that we are walking around the affect occursus.
Guys, I have been thinking a lot about our Kombi travel around South America and I will try hard to realised it. So, What you think about? Let's plan it? One year to plan! Let's go! We don't need Kombi, we can go by bicycles, by hiding, with money, without, sharing everything.
It's about affect soul brothers! ON THE ROAD!
It's amazing when I can ready things that all you are writing at blogs. Makes me feel happy, very happy. Makes me closer of all you.
Ok! Fuck you all sonofbitchs!
Let's go to the road
We can ask Sabrina to come with us! We can ask about the affect! Let's the heart show us the way!
Let's rock this world...Let's be free...
see you later
Thursday, August 30, 2007
I am the highway
So, I will re-write again later. By this moment, I want to say to my Soul brothers that I watched Nake Lunch, a David Cronemberg movie based on the William S. Burroughs novel. It's about bug powder (po) addiction. It's crazy guys, too much crazy.
I have been listen Audioslave, can you remember?
This sentence of " Show me how to live" lyric is amazing: The last American heroes to whom speed means free the mother soul.
The question is not when they gonna stop, but who gonna stop them.
YOU GAVE ME LIFE, NOW, SHOW ME HOW TO LIVE.
Ill of power.
see you
Tuesday, August 21, 2007
Improve language.
Kerouac's life, in some moments, remember some piece of my life, like Rio Claro one; life imitates art, or art imitates life; who knows! Kerouac's life is great and gives me power to go on, to achieve some goals that I need to. That's it, smelling Kerouac essence to write another future.
London is London, yells, screaming, strange people in the streets, garbage, beggars, vagabonds, homeless and me. London is like that too, ferraris, porsches, rich people, turists, idiots, junkie food and me too.
This is my first poem in english. This is my first thoughts in english.
Saturday, August 18, 2007
Lost in translation
Sorry guys, I know that I have been seen a lot of things like Tinttoreto, Veronese, Michelangelo and Rafaels's frames. Yes, it is great. I have to say another thing. At the Tate modern, which is one of the biggest museum here, there is an exhibition of Helio Oiticia about the colorful bodies. Remember guys, the Brazilian artist who was friend of Suely Rolnik! Believe me, we have to pay 8 pounds, something like R$ 32,00 to what this.
So, there is a lot of things happen here, but I look like see this movie in slow motion.
I need to talk with you guys, I need to read the crazy things that you use to write at the blogs. How can I live without intersection?
That's it. I missing my friends more than everything. Yes, a brave new word is good, but is nothing without the friends.
Thursday, August 9, 2007
Everybody wants the same!
One agressive part of me is quiet. I don't now, maybe it was sleeping to wake up with a new power. I'm missing this powerfull, agressive anger, parts. I used to fell that. A felling that I caould broke the word into. Something like Deleuzian fold. You can ask whye I hate the world, eventhough being here in UK. FC UK. The capital is the same, and I can say that subjectivies are the same. Everybody wants to consume, consume. They want to live an excess. Doesn't matter poor, rich, migrant, child, elderlies, everybody wants consume, wants money.
Does the world can offer excess to everybody?
Wednesday, August 8, 2007
Hot days in UK
Today I learned how to say desassossego in english, is Disquiet. I learned how to say linha de fuga too, and they said LINE OF FLIGHT. I have been learned a lot of thing.
Mas dinheiro que e bom nois num have!
Let the biopolitics go!Let's consume shit!
see you
Thursday, August 2, 2007
From London
I don't now what will happen about my life, but I have sure that great things is coming. so, lets work.
Wednesday, July 25, 2007
Na terra da rainha!!!
abs
Wednesday, July 18, 2007
Sublime e o transcendental
Eu tenho que dizer que em toda obra existe um pintor, o qual está implicado na criação e que guia e pensa cada pincelada. No caso, eu como pintor, carrego comigo a minha ontologia, minha existência e constituição do que eu sou até este momento. E o que eu sou neste momento depende das marcas (ROLNIK) latentes em meu corpo, e tenho que confessar que nele grita a teoria dos processos e políticas de subjetivação. Deste modo cada pincelada passa por esse corpo que é imanente à obra.
(explicar o que eu entendo como a teoria dos processos e políticas de subjetivação)
Quando começamos um quadro é necessário constituir uma primeira camada básica de tinta, que na maioria das vezes são formadas por desajeitadas pinceladas que compõem o fundo, o plano a partir do qual as pinceladas mais finas e cuidadosamente trabalhadas serão criadas. Então vamos ao fundo.
Como eu disse, não sei nada, ou quase nada sobre o sublime e o transcendental e para começar a constituir um conhecimento sobre essas duas categorias eu recorro a um norteador básico, o dicionário. Vejamos o que ele tem a dizer sobre elas:
“Sublime [Do lat. sublime.] Adj.
1. Que atingiu um grau muito elevado na escala dos valores morais, intelectuais ou estéticos; quase perfeito:
2. Cujos méritos transcendem o normal; inexcedível; muito admirável:
3. Diz-se de quem está em posição superior à de outros, ou distinta da de outros; insigne, celso, excelso, preexcelso, preexcelente:
4. Esplêndido, esplendente, magnífico:
5. Grandioso, augusto, magnífico, esplêndido, soberbo:
6. Encantador; maravilhoso; divino:
7. Muito bonito; formosíssimo, gentil, lindo:
8. Nobre, pomposo, elevado, erguido:
~ V. - Porta.
S. m.
9. Aquilo que é sublime:
10. O mais elevado grau da perfeição.”
“Transcendental: [De transcendente + -al1.]
Adj.
1. V. transcendente (
2. Filos. No kantismo, diz-se quer do que se refere ao conhecimento das condições a priori da experiência, quer do que ultrapassa os limites da experiência.
~ V. idealismo -, idéia -, lógica -, realismo - e transcendentais.”
Transcendente [Do lat. transcendente.]
Adj.
1. Que transcende; muito elevado; superior, sublime, excelso: 2
2. Que transcende do sujeito para algo fora dele.
3. Que transcende os limites da experiência possível; metafísico. [Sin., nessas acepç.: transcendental.]
4. Filos. Que se eleva além de um limite ou de um nível dado.
5. Filos. Que não resulta do jogo natural de uma certa classe de seres ou de ações, mas que supõe a intervenção de um princípio que lhe é superior. [Opõe-se, nesta acepç., a imanente (2).]
6. Filos. Que ultrapassa a nossa capacidade de conhecer.
7. Filos. Que é de natureza diversa da de uma dada classe de fenômenos. ~ V. curva -, equação -, finalidade -, função -, número - e operação -.
S. m.
8. Aquilo que é transcendente.
Saturday, July 14, 2007
O sublime e o transcendental
Nesse processo de escrita eu vou tomar o artigo como se ele fosse o trabalho de um artista que pinta uma tela; vou tentar criar um contorno com linhas básicas e depois vou pintando a paisagem do que seria o sublime e o transcendental. O que eu estou fazendo aqui não é nenhuma loucura, esse quadro, essa paisagem a ser pintada, eu uso como metáfora ao método utilizado que será o da cartografia.
A cartografia como método torna o artigo não o ponto final de um trabalho, mas sim o caminho que se delineia até a sua conclusão. A paisagem surgirá à medida que cada pincelada for se materializando; é um processo constituinte no qual nenhuma forma é dada como pronta e tudo está em vias de criação.
Para entender o sublime e o transcendental eu precisaria escolher uma tela, vou usar uma cor da qual eu gosto muito,
Thursday, July 12, 2007
falta dos meus amores
Ainda temos muitas coisas para fazer.
Uma viagem de combi pela america latina.
Uma Revista fudida pra fazer.
E nossa sala.
E $$$$ pra gente beber whisky à vontade!
rsrsrsrsr
Wednesday, July 11, 2007
O Furto
Monday, July 9, 2007
Reiki, a experiência.
A iniciação aconteceu em um lugar perto da natureza, no meu caso, foi dentro de um riacho. A água tocava os meus pés enquanto os canais para energia cósmica do meu corpo eram abertos.
Talvez você pense: o que um materialista fazia em um riacho buscando energia cósmica? É que eu penso que essa abertura tem implicações no processo de subjetivação. A abertura desse canal pode estar de alguma forma ligado à abertura da subjetividade. Vamos ver o que pode acontecer!
Friday, July 6, 2007
Substância, Atributo e Modo.
Tomando a definição de Maimônides, Espinosa dirá: compreendo como causa de si mesmo (Causa sui) aquilo cuja essência envolve existência e cuja natureza só pode ser concebida como existindo. Substância então é: “aquilo que é em si mesmo e é concebido por si mesmo”, aquilo cuja concepção não requer a concepção de uma outra coisa. A substância não depende de nada para sua natureza, ela é ontologicamente independente, não depende de nada de fora. Logo, “existência pertence à natureza da substância”, e toda substância contém dentro de si a completa explicação de sua natureza e existência, sendo assim causa de si mesmo. Substância existe e existe necessariamente.
Atributo para Espinosa é definido como “aquilo que o intelecto percebe como constituindo a essência da substância”, e ele diz que existem vários, infinitos atributos.
Nesse ponto é necessária a retomada o pressuposto oculto o qual diz que “o que o intelecto percebe como constituindo a essência da substância”, realmente constitui a substância. Contudo Espinosa dirá que ao ser humano (modo finito) só é possível compreender dois atributos da substância divina, a extensão e o pensamento. Um atributo então é aquilo que é atribuído à realidade pelo intelecto.
Quando Espinosa diz que existe dois atributos, diz também que podemos conhecer o mundo completamente por duas maneiras incomensuráveis.
Antes de terminar é preciso esclarecer uma categoria importante na filosofia de Espinosa, o modo (modus), modificação.
Tuesday, July 3, 2007
...
Para entendermos Espinosa é necessário conhecer alguns dos termos chave de sua filosofia. Conceitos como “Deus”, “Substância”, “Conceber”e “em” têm na obra desse filósofo um sentido diverso que deriva de uma versão elaborada, constituída na primeira parte da ética, de um argumento ontológico da existência.
O argumento antológico parece provar a existência de algo a partir da concepção dessa coisa. O argumento seria então: Deus existe, e existe necessariamente.
Para chegar a essa proposição Espinosa partiu de um paradigma da filosofia racionalista da “idéia clara e distinta”de Deus e seguindo por passos claros e distintos chegou a essa conclusão sobre o mundo.
Os filósofos antigos acreditavam que pelo menos uma coisa existe (Deus), já Espinosa acreditava que o argumento mostra que no máximo uma coisa existe, e se essa coisa existe, ela está “em” Deus. Aqui temos o aparecimento da palavra “em”, termo técnico na filosofia Espinosista. Para entendê-la é preciso conhecer a distinção entre Substância e Atributo e uma premissa oculta na parte 1 do livro da Ética.
Começamos então com o pressuposto oculto. Para Espinosa, “Realidade e concepção coincidem de tal modo que as relações entre idéias correspondem às relações na realidade”. Espinosa tentou provar essa tese através de uma versão especial do Método das “idéias claras e distintas”, mas mesmo assim ele continuou sendo apenas um pressuposto.
A conseqüência desse pressuposto se manifesta em outros trechos da obra do autor. Espinosa afirma que o conhecimento (cognitio) de um efeito depende do conhecimento de sua causa e a envolve. Assim, se A causa B é a mesma coisa afirmar que B é dependente de A para sua existência. Essa dependência entre coisas é “EXPRESSADA EM” ou “CONCEBIDA POR MEIO DE”, uma dependência entre idéias. A idéia de B é dependente de A e sua verdade precisa ser estabelecida por referência á idéia de A.
Assim existe uma dependência racional entre as idéias características do raciocínio matemático. Então, entre A e B existe uma causalidade quando a existência e a natureza de B precisa ser explicada em termos de A.
O pressuposto oculto mostra a dependência entre idéias, ou causas pelas substancias as quais são inerentes. O termo “em” para Espinosa quer dizer que B esta em A ou que A é a explicação de B.
Monday, July 2, 2007
Atravessando palavras.
PONTENTIA
O Planejamento está se concretizando, mas ainda é preciso fazer ajustes. É como temperar uma comida, um pouco mais disso, um pouco mais daquilo e vamos que vamos.
* * *
Os olhos estavam cegos, não conseguiam enxergar além de alguns passos.
Gatinhava, arrastara-se; sempre com o umbigo ainda conectado.
O umbigo começou a ser cortado. Com essa ação, um deslocamento foi constituido.
Provavelmente os passoas a seguir serão tortos, doloridos, mas serão passos rumo à realidade, ao crescimento imanente.
Nos seguimos, sem saber onde vamos parar, se é que será possível parar.
Sunday, July 1, 2007
Barco Partindo
* * *
* * *
É chegada a hora do tudo outro, outras teorias, outras práticas de vidas, outras...outros...
* * *
Me tornei workholic.
Saturday, June 30, 2007
Rumo para além do horizonte.
Thursday, June 28, 2007
Balanço Semestral de livros lidos, livros inacabados e os que precisam ser lidos
Ulisses - James Joyce
O Cortiço - Aluísio Azevedo
O Alienista - Machado de assis
A parte Maldita - Georges Bataille
O Livro dos Sonhos - Jack Kerouac
Genealogia da Moral - Nietzsche
Um eremita em París - Ítalo Calvino
Lênin, Vida e Obra - Moniz Bandeira
Espinosa: Filosofia prática - Gilles Deleuze
Livros inacabados
Kairós, Alma vênus, Multitudo - Antonio Negri
Anomalia Selvagem - Antonio Negri
Três Ecologias - Félix Guattari
A condição humana - Hannah Arendt
Livro do desassossego - Fernando Pessoa
The new thing - Wu Ming
Imperceptible Politics - Dimitris Papadopoulos
Na fila para serem lidos
Arquivos do Mal-estar e da resistência - Joel Birman
Foucault - Gilles Deleuze
O Anti-édipo - Gilles Deleuze e Félix Guattari
Mil Platôs - Deleuze e Guattari
O animal que logo sou - Derrida
O Imaterial - André Gorz
Livros sendo relidos
Vida Capital: Ensaio sobre Biopolítica - Peter Pál Pelbart
Genealogia da Moral - Nietzsche
Ecce Hommo - Nietzsche
Wednesday, June 27, 2007
Projeto Social em apuros.
Projeto Social em apuros.
Nao publicaria este pedido se nao conhecesse pessoalmente a seriedade e a grandeza dessas pessoas, embora a imagem pública e a história do Leonardo já fale por si.
O Centro de Defesa dos Direitos Humanos existe já há quase 30 anos acompanhando as populações carentes de Petrópolis.
O projeto mais humanitário e que nos é mais caro é o Pão e Beleza que se destina a atender as populações de rua e pessoas com problemas de doença e saúde mental, esquecidas pela sociedade em geral. A porta de entrada deste projeto é oferecer refeições diárias para até 150 pessoas (Pão) para em seguida tentar resgatá-las em sua dignidade (Beleza) e capacitá-las para sua integração na sociedade e, quanto possível, no mercado de trabalho.
O projeto Pão & Beleza é financiado pela Petrobrás. Estamos em fase de negociação para a renovação do convênio, um processo que se estendeu mais do que esperávamos.
Disso decorre a urgência: nossos recursos para custear as atividades do projeto, do qual dependem direta e diariamente 150 pessoas, esgotam-se ao término do corrente mês (30 de junho). Desse modo, até que tenhamos a possibilidade de contar novamente com a vital ajuda da Petrobrás, serão pelo menos dois meses de total ausência de recursos.
Por isso, estamos em caráter de urgência pedindo ajuda para cobrir os gastos mensais que alcançam a cifra de R$ 30.000. Esperamos que compreendam nossa angústia e que entendam que estamos nos dirigindo a todos aqueles e aquelas que sentimos sensibilizados e companheiros na busca de justiça e solidariedade.
Não queremos deixar de atender esses mais pobres dos pobres que Jesus chamou de "meus irmãos menores".
O depósito pode ser feito na seguinte conta:
Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis
Banco do Brasil
Agencia 0080-9
Conta 27232-9
CNPJ 27.219.757/0001-27
O CDDH tem o título de Utilidade Pública Federal, Portaria 3.244 de 27/10/2004. Se alguém precisar de recibo entre em contato com a Maria da Glória Guerra (rls-mgg@compuland.com.br) ou pelo telefone (24) 9819-2152) ou com Thereza pelo telefone (24) 2242-2462 ou 2246 0214 ou ainda pelo e-mail cddh@cddh.org.br
Com nossos agradecimentos pela solidariedade com quem mais precisa.
Leonardo Boff
Presidente de honra do CDDH
Conheça detalhes sobre o projeto em seu web site:
www.cddh.org.br/paoebeleza
Monday, June 25, 2007
Hate this Place
Estive revendo todas as minhas lembranças, aquelas que vc me deixou e entra elas está a letra dessa música!
Criando uma nova vida
Começa aqui uma nova, uma outra viagem. Eu chego a frente do barco sinto os ventos baterem em meu rosto. Não sei os momentos seguintes, não sei nada, apenas que devo pegar o leme e seguir, destemido. Devo fazer o caminho e faze-lo sozinho, de peito aberto, de pele ao léu.
Continua...
Sunday, June 24, 2007
Vestigios
* * *
Tenho pensado em sua palavras. Cheguei a conclusão que existe um bloqueio em mim em aceitar a independência, em buscá-la. Existe uma força que me prende, da qual eu preciso me desvencilhar para poder ser livre e voar.
Andei pensando ainda que existe as contradições, pois para fazer o que eu quero preciso de tempo livre, mas também preciso de dinheiro. Só que na maioria das vezes essas duas coisas me parecem incopativeis. Alguma saída?
Thursday, June 21, 2007
DESESPERO
Dizem que o corpo se cria a partir da alteridade, mas não tenho alteridade afetuosa para me criar.
Desse modo o que me compõe são forças que decompõe os meus mundos extensivos. Decomposição como sabem é morte. É morte.
Wittgenstein ficou feliz quando soube que iria morrer.
Deleuze se atirou do décimo primeiro andar de um prédio.
Nietzsche ficou louco.
Van Gogh se matou.
Maiakoviski suicidou-se.
Fernando pessoa era alcoolatra.
Clarice Lispector morreu de câncer no útero.
Qual será meu destino menor?
Tristeza que me toma e corroe o meu ser. Já não sei mais se penso, se vivo, se quer, logo existo. Dor inviesade de um mundo por demais mediocre.
Palavras perdidas de um corpo inaudito que se perdem ao vácuo de uma vida precária demais, dolorida demais.
O ar que entra em meus pulmões me faz morrer de vida pela boca.
Wednesday, June 20, 2007
Sunrise -Norah Jones
Looks like morning in your eyes
But the clock's held 9:15 for hours
Sunrise, sunrise
Couldn't tempt us if it tried
'Cause the afternoon's already come and gone
And I said hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?
Surprise, surprise
Couldn't find it in your eyes
But I'm sure it's written all over my face
Surprise, surprise
Never something I could hide
When I see we made it through another day
And I say hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?
And now the night
Will throw its cover down
mmmmm, on me again
Ooooh, and if I'm right
It's the only way to bring me back
Tuesday, June 19, 2007
Brincando de revolucionários
Uma plenária nacional está para iniciar. A mesa é declarada, fazem parte dela pessoas do partido PSTU. O meu mal estar é aparente; o movimento não era contra a a inserção de partidos políticos? Olho para um lado, olho para o outro, milhões de jornalistas, muitas máquinas fotográficas. Logo se inicia a plenária.
O Primeiro momento vem uma moça, a qual toma o microfone e pergunta para o presidente da mesa. Quem é você para falar em nome dos estudantes? Você foi expulso da ocupação por tentar violentar uma garota! Como pode estar ai querendo falar em nome de alguém? Nesse momento os sons eram apenas de vozes e flashs das máquinas fotográficas. Um prato cheio para mídia.
Iniciou-se o entrave partidário nojento. Pessoas que não sabiam o que estavam dizendo e que não tinham dimensão real do poder contra o qual estavam lutando. O show de horror continuo com os dizeres, o movimento está enfraquecido, não conseguiremos fazer com que os decretos caiam. Um pensamento passava pela minha cabeça: como eles querem mudar em um mês um sistema que é produzido a mais de 40 anos nas universidades. Mudar em dois meses tudo isso? Essa é a luta?
O show de horror continuou, mas sem a minha presença.
* * *
Plenária de Rio Claro após a ocupação. Outro show de horror. As mesmas questões: o enfraquecimento do movimento, a impotência diante dos decretos. As crianças revolucionárias falam da maturidade que ganharam na luta de ocupação dos grandes 28 dias e de como o movimento havia se desgastou. Agora vamos lutar pela pauta dentro da nossa universidade, pelas melhorias aqui dentro era o grito
A frase que não me sai da cabeça é "Perdoai-vos senhor, eles não sabem o que fazem". E não sabem mesmo. Sabem tudo sobre uma coisa: Decretos. Mas não sabe nada sobre lutas, sobre poder, sobre biopoder, e serão retalhados. As discussões seguiram até a madruga e continuaram na mesma batida, alguns até levantaram nomes de pessoas que tentaram fazer diferente, pessoas as quais já tiveram na luta anteriormente, mas que foram reprimidas, pois desejavam uma luta contra um bipoder, e não o poder que a maioria queria combater. Alguns nomes foram lembrados, e alguns se questionavam sobre o motivo de seus afastamentos.
Enfim, eles nada sabem sobre o poder, sobre biopoder, e de modo geral, não conseguiram o que desejavam. Agora se discute uma parada estratégia para as férias; nas férias não se faz luta, vamos para praia descansar e depois voltamos a brincar de revolucionários.
Monday, June 18, 2007
Por uma luta com outros sentidos
Caosesquizo e os piratas do caribe.
Greve no dicionário significa uma recusa resultante de acordo de operários, estudantes, funcionários etc., a trabalhar ou a comparecer onde o dever os chama, enquanto não sejam atendidos em certas reivindicações. Parede é outro significado para greve. Esse seria o significado nos registros que a palavra tem, e que deveria ser tomado nessa luta que esses alunos decidiram travar. Contudo, o que acontece é que ao longo dos anos a palavra greve foi desgasta pelo seu uso, pelos resultados que propiciou e principalmente pelas significações adicionadas a ela pelos mídia. A GREVE hoje parece ter um significado de um movimento que está fadado ao insucesso, ao fracasso. Seria algo como o velho ditado popular, “Nadou e morreu na praia”.
Esse conceito de greve fabricado pela mídia está impregnado nas pessoas, está impregnado até os poros da maioria dos alunos que ao longo dos anos foram submetidos a essa visão. Então, quando eles caminham pelo campus, lêem os jornais, naquela palavra eles têm um sentido de fracasso, de algo que não adianta. Por esse motivo, é grande a resistência que a maioria dos alunos tem quando o assunto é a Greve. Para eles, o conceito é de perda de tempo, de uma luta que não levará a nada, a lugar algum, e essa sensação é a mesma que eu tenho quando leio a palavra greve.
Entretanto, sinto que este movimento é diferente de todos os demais. De todas as outras recusas. O acordo que se travou entre os estudantes reunidos nestas ocupações, as quais têm enlouquecido os burocratas, está ligado não somente à recusa daquilo que é imposto pelas instituições, mas a algo comum a todos e a todas: indignação. Por tudo. A ponto de fazer cada um e cada uma achar que vale a pena colocar a cara na frente das câmeras e trocar o conforto de suas camas pela estranheza destes espaços coletivos. Porque este movimento também se recusa a aceitar certa maneira de fazer movimentação estudantil, entronizada pelas entidades tradicionais de estudantes. Para estas entidades, tudo já havia sido definido. A maneira como devem ser feitas as assembléias. A maneira como devem ser feitas as ocupações. A maneira como devemos falar com os mídia. Pra nós, entretanto, as coisas vão mudando. Mudando ao sabor do almoço que preparamos
Por isso levanto nesse pequeno texto uma alternativa. Que criemos um nome para esse movimento. Ainda que ele tivesse as mesmas características da greve, que fosse a mesma coisa. Mas que esse nome seja outro, para que toda a significação feita até hoje se torne ineficaz. Eu diria para darmos um nome bem estranho, algo como Blop. E em parte eu faço essa coisa de dar o nome baseado em um ativista italiano, do qual não recordo o nome, mas que dizia: Tudo o que nomeio existe. Então, que esse movimento de mudança conceitual sirva para sairmos de uma rede de significados produzida por um poder, o qual significou em nossos amigos a sensação de uma luta vazia. Agora, que criemos um outro nome o qual esteja ligado à nossas significações, ao sentido que essa outra luta pode caminhar.
Saturday, June 16, 2007
Falta de sentido
Mas se não me tratas com carinho, eu acredito caminhar sozinho.
Caminhar no vazio, sempre sozinho.
Faz-me falta. Fazes me falta.
Sem sentido, sinto sua falta.
SEm carinho caminho sozinho longe da tua alma.
Friday, June 15, 2007
Pensamento nômade
Esse final de semana vou até a ocupação da USP, quero ver como estão as discussões.
Hoje estou com o pensamento de intervir. Pretendo escrever um texto pedindo uma mudança conceitual; mudar o nome de greve para blop. O que é o Blop, é uma palavra que não significa nada, e que pode ganhar os sentidos que criarmos.
Assim, provavelmente no final dessa tarde estarei indo em direção à ocupação da USP pensando em como produzir essa metodologia da biopotência.
* * *
E a vida vai se criando, lá onde ela é colonizada, chutada, escurraçada.
E vai se criando...
Constituindo-se...
Thursday, June 14, 2007
Outro dia, outros pensamentos.
Estou lendo sobre a vida de Vladimir Ulianov. Ao mesmo tempo estou percebendo que a condição de precário não é restrita ao século XXI, e que no século XIX e XX ela ja estava de alguma forma presente na Russia. E se procurarmos encontraremos em muitos outros lugares.
Na passagem da Russia czariana para a socialista o tal do Vladimir pensou ser necessária uma metodologia de luta e a criação de um revolucionário profissional. Para isso ele estudou o capitalismo, claro, dentro da prisão, e escreveu uma análise muito acurada desse sistema que se desenvolvia. Ainda não sei bem sobre a metodologia criada por ele, mas eu penso que o mesmo deve ser pensado para a uma luta biopolítica, ou seja, devemos pensar em uma metodologia da biopotência. Ainda não sei como, quer dizer ate tenho uma paisagem se delineando. Assi, penso que duas coisas devem ser instauradas para essa metodologia, primeiro a Multidão e conjunto a nossão de comum.
Eu penso essa metodoligia partindo do princípio que a luta e a teoria devam ser constituinte, devem seguir conjuntas formando uma rede de fios infinitos.
Vamos ver aonde isso vai.
Wednesday, June 13, 2007
...
A dor é muito maior quando nos fazem sangrar sem ver.
* * *
Me dei tanto, nada recebi; tornei me vazio.
Como fazer para me preencher novamente.
Empty space.
* * *
A vida está mais parecendo um baile de Máscaras.
Tuesday, June 12, 2007
...
Agora sangro por dentro.
Quero me soltar ao vento...
Quero voar para um lugar desconhecido.
Onde não exista inimigos e que eu possa estar apenas com amigos.
Um lugar que eu possa caminhar na rua, sem ter que fazer bela figura, para preencher o desejo de um não ser.
Quero caminhar nas vielas, sem alma, sem trela, apenas num leve flutuar.
Lá onde dizem que o vento faz a curva e vida é nua e crua e hipocrisia não tem vez para tagarelar.
Malditos sejam os anjos, eu sou demasiado humano e o inferno é meu habitar.
Me solta, me deixei ir quietinho, quero caminhar sozinho.
Nessa merda que me transformaste, na magia que me lançaste, pela arte fui tirado.
O poeta me fez ver o meu valor, me fez esquecer a dor e assim posso levitar
Vou me embora, vou quietinho, vou deixar você no seu mundinho.
Já estou perdendo a hora...
vou me embora
vou me embora...
Intermitências da morte
Odeio quando as pessoas só me procuram para dar conta das sua dores.
Escuta, aqui também dói, sangra.
Odeio quando uma pessoa não consegue se deslocar do seu mundo de cristal.
Odeio ter que odiar.
Odeio ter que colocar para fora a lama.
É tanto ódio que produzem em mim que não posso ficar com ele.
Pega ai de volta e saboreie a bílis que eu agora verto.
Eu não sou ressentido...
Deixo o ódio escorrer...
Deixo o veneno para você...
Eu vou caminhar no tártaro, mas vou caminhar de cabeça erguida com a graça de um adulto e não com a descoordenação de uma criança.
Não lambi o saco de ninguém para chegar a essa parte do inferno que cheguei.
Nem vou lamber; a tragédia é o que de mais bonito acontece em mim.
Esses laços vão morrer, pelo menos por hoje.
Se demora uma vida inteira para construir uma confiança e apenas poucos segundos para destruir.
Ouve o barulho do castelo caindo...
Ouve o mundo ruindo...
É só um segundo...
Nada mais...
Felisssss dias dos namorados!

Os encontros nos aeroportos
Os encontros nos aeroportos
Monday, June 11, 2007
Estado de Descrença total.
através
* * *
Wednesday, June 6, 2007
Jardineiro Fiel
* * *
Estou indo, deixando que a incerteza tome cabo da minha providência. Claro que não é uma incerteza total, é uma incerteza certa, aquela que permite a vida desenvolver, cria fluxos. Será uma outra experiência. Eu estarei na porta de entrada da terra do nunca. Alguém já se deu conta disso? La estarei eu esperando o pó mágico para seguir a esse mundo encantado que é meu. Londres é apenas a porta de entrada para o infinito. Eu vou entrar, mas jamais me afogar. Nessa terra a única coisa certa que tenho é o amor. Será amor eterno como a terra do nunca?
Um amor de outro mundo que nunca envelhece, que sempre se renova como a graça de uma criança e a clareza de um adulto.
* * *
O ar que adentra os meus pulmoes me faz morrer de vida pela boca. É a vida entrando e se expandindo por cada célula viva. Esse ar já foi cinza e cheio de veneno, mas uma bruxa palhaça fez uma mágia em um dia de lua azul e limpou tudo permitindo que eu pudesse respirar. Sim, agora eu respiro, agora posso ver um pouco mais longe.
Saturday, June 2, 2007
Aquela Fantasia de baile.
Sininho, a mais bela de todas as mulheres. Embora possessiva e com um gênio difícil, ela sempre foi fiel a Peter Pan.
Peter não teve linhas o suficiente na estória para perceber o seu amor por sininho.Contudo,
ontem a noite eu dei a ele mais vinte páginas com muitas linhas e assim ele descobriu que a estória termina com seu eterno amor por Sininho, sua eterna felicidade.
Qual será meu problema?
Qual será meu problema?
Friday, June 1, 2007
palavras, pensamentos, inconsciente, você.
Escrevo, penso. Definitivamente meus pensamentos estão com você.
Palavras, palavras que fluem; amor que não se aguenta.
As lembranças de seu corpo e seu sorriso são muito vivas em mim.
Me falta ar, me falta você.
Não sei escolher palavras bonitas, sou precário, somos.
Mas escrevo por vontade, sem controle, sem pensar.
Deixo sair de mim o que mexe com meu entre.
Entre atos, entre tempos, entre amores; entre eu e você.
Quero andar de bicicleta com você. Quero ver o por do sol. Quero fazer pick-nick.
É tanto querer...
Querer que não se aguenta.
Um dia duvidei que te amava, mas descobri que amava, mas não com o amor carnal; te amo com amor sublime, com amor puro, amor que não se apaga, que não se esquece. Não é amor de posse, é amor de cuidado, de compartilhar; amor eterno.
Um dia parei e fiquei tentando em vão pensar em uma mulher que fosse tão maravilhosa quando você; Desisti.
Conclusão, você é insistente, mas imbátivel.
...
...
...
Monday, May 28, 2007
Variations of something
Tenho pensado em uma vida estruturada, pensado no futuro, e pensado mais no presente para construir o futuro que eu desejo.Tudo me parece meio confuso.
Nos meus sonhos eu já seria casado com uma pessoa maravilhosa, teria um emprego e uma casa confortável. Por enquanto só tenho uma pessoa maravilhosa. Mas esse sonho era burguês demais. Agora penso mais em como eu vou viajar por todo o mundo com essa pessoa.
Viver cada dia, criar saídas para sermos livres, mas vamos, vamos nos seguindo sem saber onde tudo vai parar, mas vamos juntos.
Thursday, May 24, 2007
Devir água
Braçadas e abraços
Vou seguindo com a força do meu próprio corpo, braçada após braçada, pernada após perna.
Uma virada, outra virada; um revés.
Braçadas e abraços
Eu e água em comunhão, nos tornando apenas um. Inspiro, expiro; faço bolhas.
Nado mais rápido, querendo chegar ou voltar com velocidade.
1000-1500-2000-2500-3000-3500-4000 metros
Vertigem que me toma.
Água quente; o suor silencioso flui do meu corpo.
Você já sentiu o suor silencioso?
Braçadas e abraços.
Vou voando pela água. Vou como um golfinho fazendo ondas, marolas. Serei eu um golfinho ou maroleiro?
Braçada após braçada vou chegando mais perto de mim, vou meditando sobre mim mesmo, sobre minha vida.
Já não sinto mais meu corpo e nem percebo meus pensamentos, tudo branco.
Corpo quente, água quente, como se houvesse submergido do liquido amniótico, do útero materno; eu renasço.
Braças e abraços
Eu em comunhão comigo, com o outro e com o mundo, renascendo a cada encontro.
Seguindo.. Velas ao alto, vento soprando . É chegada a hora de enfrentar o mar.
Logo cruzarei o atlântico, buscando algo ou fugindo de...
Mudanças a vista, outros mares a serem navegados e terras a serem redescobertas.
Ele me disse que eu tenho coragem para cruzar o cabo das tormentas, mas não disse que isso aconteceria todos os dias.
Sim, sou pirata, uso brincos em ambas as orelhas; sou pirata de corpo inteiro. Contraventor por natureza.
O mar que eu viajo é de sangue, sem porto a vista, sem sol no horizonte, apenas um céu de vanila que em intenso movimento se decompõe e recompõe a cada segundo.
Minha vida é marcada por muito força, muita vontade de potência, até em minha depressão existe uma tal força de vida-morte que me assusta.
Eu morro. Eu busco a morte, pois o instante seguinte é sempre de nascimento.
Eu renasço como uma Fênix, vindo direto das cinzas, dos fragmentos.
Renasci, e agora vou me seguintdo, seguindo sem saber onde eu vou parar, ou em que morte vou parar.
Wednesday, May 23, 2007
Calvino, Nietzsche e outros desdobramentos.
De um lado o italiano, do outro o alemão.
Vermelhos! Mas como assim vermelhos?
Páginas autobiográficas de Italo Calvino;páginas reveladoras de Friedrich Nietzsche em Genealogia da moral.
Agora eu me torno Calvino e Nietzsche, vermelho ao mesmo tempo.
É um vir a ser que não tem fim.
O que estará porvir?
Devir! deve-ir?
Ir para onde?
Vermelho, sempre vermelho.
Como os corações pintados em quadros, carregados por peixinhos de um mar sem fim.
SEM FIM.
Mar sem fim...
Corações sem fim...
Vermelho sem fim...
Sem fim...
Amor sem fim...
Eu sempre fui vermelho.
Tuesday, May 22, 2007
Palavras empilhadas
O que serei eu? Um homem ativo, ou um homem reativo.
Corpo cansado, corpo que não se aguenta.
Viagem de busca; busca de vida. Vida Plena.
Garganta apertada, ar que falta. Onde foram parar meus pulmões?
Aqui me falta vida, aqui me sobra vida.
Matemática infeliz de uma vulga lei divina.
213
Que diabo é esse a me questionar sobre minha vida.
Para sua resposta não sei se viveria.
Para a minha resposta, está na hora de eu produzir minha própria vida.
Então feche os olhos que eu vou cortar o cordão e irá sangrar.
É chegada a hora...
Devo partir.
Saturday, May 19, 2007
Wednesday, May 16, 2007
...
A vida vai, ela vai piccola, vai para algum lugar. Nós vamos a cada dia tentando dar um rumo para ela. Uma biografia quando se faz é a certeza que estávamos com a vidas nas mãos e que saímos de um lugar onde não queríamos mais ficar e chegamos, mais ou menos, a outro que desejávamos.
Uma biografia não é feita sem a dor e as portas que bateram na nossa cara, mas também é feita de muitas outras que se abriram diante de nós e permitira a potência de vida aumentar, aumentar.
* * *
Meu barco navega, pega ventos gélidos que às vezes congelam os meus mastros e leme.
Meu barco navega e não importa o curso, pois já não existe porto seguro onde chegar e se o encontramos é porque estão nos iludindo ou nos estamos nos deixando iludir.
O meu barco navega a deriva...
navega...
navega...
E, enquanto o vento sobrar, haverá vida...
Enquanto o vento soprar...
Enquanto você soprar...
E se não soprar, que rememos com os braços e fazemos então a vida com o sangue que escorrer.
Tuesday, May 15, 2007
Outras biografias de outros mundos!
Miss Clown, Thiago bomba, Jú, Má, Leandro, Vitinho Cézinha, Guz, Chambinho,Cris, Maurício...
Vocês também fazem parte de mim, em uma história de afetos pelo que vivemos juntos e que está aqui dentro de mim!
Amo vocês!!
Saturday, May 12, 2007
fragmentos de uma autogiografia
Não saberia por onde começar uma biografia minha. Talvez fosse interessante dizer sobre minha infância, na qual tudo começou mesmo eu não sabendo. Por volta dos 10 anos meu tio me chamou para assistir um filme, pasmem, era Laranja Mecânica do Kubrik, nem preciso dizer que essas imagens estão impregnadas em mim, depois do Kubrik vieram outros e outros. Ele sempre fomentou minha curiosidade.
Mas ainda preciso voltar um pouco, antes do meu tio tinha meu avô, que foi tão importante como meu tio. Ele também mexia com minha curiosidade, e fazia realidade das minhas imaginações. Ainda lembro quando ele me fazia colocar meu dente de leite no buraco da formiga para ela me trazer dinheiro.
Essas duas pessoas em suas simplicidades plantaram o desassossego dentro de mim.
Depois dos 8-10 anos passei a viver em ambiente burguês, algo lá dentro gritava dentro de mim que era um mundo fictício, mas não sabia o que gritava.
Até os 14 anos minha vida estava encaminhada para reproduzir a mesma que meu pai levava, proletário forte, submetido a um regime de trabalho que como diria Negri, Spaca la squiena (acaba com as costas, com a vida). Entrei para o Senai, passei a estudar a noite, meu objetivo era o de ser um Eletricista. Mas com o passar do tempo meu pai passou a ser o chefe do mais proletários, e com um milagre conseguiu abrir uma empresa. Lá fui eu do Senai para um colégio particular, afinal meus pais não queriam que eu tivesse a mesma vida que eles tiveram.
Quando entrei na universidade ainda estava com o burguês incorporado, mesmo tendo aquele garoto arredio que contestava tudo. Na universidade nada me entreteve, os professores ficavam reproduzindo aquele discurso “o que é bom é dinheiro no bolso” e eu mandando todo mundo tomar no cu.
Eu não conhecia muito do mundo, era um garoto provinciano, de uma cidade, ou melhor de um Feudo. Quando comecei a namorar a Flávia, que todos conhecem, minha cabeça começou a abrir. Ela era uma menina que vinha de uma cidade diferente, de uma família com muita cultura e mostrou para mim que a vida, que o mundo, era muito maior do que eu conseguia ver. Com a Flávia surgiu a vontade de sair do Brasil, de conhecer outros mundos, o apoio dela sempre esteve incondicional para eu me torna potência.
Com o passar do tempo fui ficando mais puto, o corpo já não agüentava tanta mediocridade. Por algum motivo a Pscanálise, os mistérios do insconsciente me atraiam, era nesse meio que queria estar. Foi quando apontei para o único lugar no qual poderia desenvolver esse meu lado, que era a psicologia do esporte. Mas ao estudá-la percebia ocontrole da mente que ela fazia, mas meio preso aos dogmas universitários não conseguia deslocar.
Quando terminei o curso estava putissimo, queria fazer o mestrado para poder fazer algo diferente de toda a merda que haviam me jogado. Fui barrado no mestrado por duas vezes, alegavam que eu não estava preparado o suficiente. Foi quando empreendi uma busca pelo conhecimento sozinho, decidi sentar o cu na cadeira e ler os livros, pois não me achava tão medíocre a ponto de não poder conhecer alguma coisas dos livros.
Comecei a estudar as ciências, como foram constituídas. Era como caminhar no escuro.
Quando estava em uma festa do Charlie, pois ele havia conseguido a bolsa da Fapesp, conheci o Romualdo. Estava lá e comecei a meter bala, dessas nervosas que eu disparo, comecei a falar dos professores de merda que havia na universidade e tal. O Romualdo pegou meu e-mail e disse que me escreveria. Juro que pensei se tratar de mais um caso daqueles em que o e-mail seria lavado junto com a calça pela empregada no dia seguinte. Para minha surpresa, na manhã seguinte, lá estava na minha caixa de e-mail a mensagem do Romualdo marcando o encontro comigo.
No dia do encontro cheguei lá e falei da Psicologia do Esporte, do que eu até aquele momento havia feito e estudado, foi quando o Romualdo disse que não poderia fazer muito por mim nesse campo. Como aquele ultimo suspiro soltei a frase que estava dentro de mim; Na verdade só entrei nessa pq queria estudar sobre a Psicanálise, então tudo mudou. Logo o Romualdo me passara um texto da Suely e minha vida acabava tomando outro rumo.
Entrei no mestrado, me tornei mais arredio. Passei a ler coisas que pareciam terem sido escritas para mim. Elas davam linguagem para todo esse mal estar que havia no meu peito há anos. Suely, Deleuze, Negri, Guattari e por ai a fora. Em pouco tempo eu havia me tornado maldito e todos no mestrado me odiavam, nem preciso dizer que eu adorava isso.
O mestrado foi muito bom, pude ler todas essas coisas que eu gosto, alem do que pude viajar para Itália.
A Viagem para Itália eu devo ao Pedro que fez uma política dos infernos na Geografia. Efui eu lá com um projetinho no dia seguinte mostrar o porque eu poderia ir para Itália, mesmo sendo da Educação Física. Poucos meses depois, lá fui eu. A vida na itália me ensinou muitas coisas, pude ver outro mundo, outra língua, outra cultura; pude me compor de outras subjetividades, além de ver o Negri e o Marc Auge e falar com o pessoal do Tutti Bianchi e dos movimentos de maio de 68.
Essa viagem para Itália me rendeu também a viagem ao Equador, que e também foi um outro mundo.
DO resto não preciso me alongar muito, você me conhecem e dividiram comigo tudo isso.
Mas isso é minha vida que escorre.
Agora se eu fosse fazer uma cartografia de mim mesmo, que foi o que fiz da outra vez que sumiu. Eu Ia falar de como eu me tornei cada Reflexivo, como cada um de vocês. Silvio, Pedro, Rafa, Max, Renan, Vitor, Jundiaí, Chuwbaquinha e outros fazem parte do que eu sou. SE eu sou esse cara que sabe mais ou menos alguma coisa é por vocês e pela Flávia que sempre me incentivou!
ABS
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